O PSD e o Kosovo.

Não,não é sobre a "balcanização" do PSD que este post se debruça.
É sobre História e memória que convém andarem ligadas sob pena de se cometerem erros de dificil reparação.
Qualquer pessoa razoávelmente informada e com gosto pela História europeia sabe que a zona dos Balcãs foi,nos ultimos cem anos,um autêntico barril de pólvora onde inclusivê tiveram lugar algumas das mais devastadoras guerras que o continente conheceu neste periodo de tempo.
Foi por isso que a declaração unilateral de independência do Kosovo,sob inspiração americana e das potências dominantes da União Europeia,causou a maior preocupação em todos aqueles que conhecem a História europeia e,essencialmente,tinham noção do quanto humilhante era para a Rússia essa declaração.
Por outras palavras ficava de imediato pendente uma resposta russa.
E diz-nos a memória,e a História,que os russos não costumam usar punhos de renda nas suas retaliações.
A prova foi feita agora na Geórgia.
Onde as declarações unilaterais de independência da Ossétia do Sul e da Abecásia apanharam Estados Unidos e União Europeia com pouca moral para poderem contestar.
Porque toda a gente percebeu que era parte da resposta russa á provocação do Kosovo.
É por isso que em nome da memória,mas também da Verdade,importa relembrar agora a posição tomada pelo PSD liderado por Luis Filipe Menezes aquando da declaração unilateral da independência do Kosovo.
Recomendando ao governo a maior prudência na questão e defendendo o não reconhecimento da independência naquelas circunstâncias.
Caiu o "Carmo e a Trindade" nos bem pensantes do partido entre os quais alguns dos actuais dirigentes.
Que heresia horrivel não alinhar com os EUA e as potências dominantes da U.E. .
Podia lá ser.
O tempo e a História vieram provar que foi a posição mais correcta.
Porque assente em estudo da História europeia,em cultura civilizacional e em conhecimento das realidades no terreno.
Hoje um lider do PSD,que é sempre um potencial primeiro ministro,tem de ser um cidadão do mundo.
Que goste de ler,de estudar,de viajar e conhecer.
Não pode ser especialista numa ou duas áreas.
Tem,com base no atrás escrito,de ser capaz de se movimentar com á vontade em todas as áreas essenciais da governação.
Porque um mundo em mudança acelarada exige uma enorme capacidade de resposta em...tempo útil.
Tem de pensar,reflectir e simultâneamente agir.
Porque a reagir ninguém ganha eleições.
Depois Falamos