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quinta-feira, outubro 03, 2024

Explicação

Estas gigantescas tarjas dos adeptos do Borússia de Dortmund, protestando contra o novo formato da Liga dos Campeões , traduzem aquilo que muita gente pensa da UEFA ( e já agora da FIFA) e da forma como ela gere as competições sobre a sua alçada.
E vem isto a propósito de algo que já se passou, já não tem remédio, mas carece de uma explicação verdadeira (porque de pretextos e mentiras andamos todos fartos) sobre a verdadeira razão pela qual o Vitória e o Celje tiveram de jogar ontem às 15.30 h da tarde num dia normal de trabalho e com o enorme prejuízo financeiro e desportivo de a assistência ter sido menos de metade daquela que seria se o jogo fosse a uma hora normal para as competições europeias.
Deixemos já de lado, em termos de responsabilidade no sucedido, a administração da SAD do Vitória que seria por todas as razões a mais interessada em que o jogo se disputasse a uma hora normal.
Pelo que vamos então falar dos "suspeitos" por tão absurda decisão.
Segundo a UEFA fez saber a razão para a hora insólita teria a ver com dois factores.
Um o não coincidir com os horários de transmissão da Liga dos Campeões , que teve jogos ao fim da tarde, o que é simplesmente ridiculo porque ninguém imagina estádios vazios por essa Europa fora porque as pessoas ficavam em casa a ver a transmissão do Vitória vs Celje.
E depois a outra razão.
E essa é que é preocupante.
Porque segundo informação prestada à UEFA, em que esta acreditou dado não ter razões para não o fazer nem se ter preocupado em confirmar a validade do que lhe foi dito, face ao facto de na quinta feira se disputar o jogo da Liga Europa entre Porto e Manchester United as forças de segurança não poderem garantir em simultâneo a realização de dois jogos de "alto risco"!
E aqui é que a porca torce o rabo.
Porque se o jogo do estádio do "Dragão" é sem qualquer dúvida de alto risco, como o são todos em que participam equipas inglesas dado fazerem-se acompanhar de uma multidão de adeptos que não são famosos pelo bom comportamento, desde quando um jogo entre o Vitória e o Celje é de alto risco? 
Quando a equipa eslovena nem se faz acompanhar por adeptos como ontem foi bem vísivel no estádio D. Afonso Henriques a exemplo, aliás, do sucedido na temporada passada que devia ter servido como factor de avaliação.
Não se pode, pois, falar de alto nem de médio nem de pequeno risco porque o jogo de ontem em Guimarães não tinha risco nenhum.
Implicaria, quando muito, o mesmo número de agentes que fazem a segurança num jogo com Nacional, Marítimo ou Santa Clara que normalmente nem se fazem acompanhar por adeptos ou se o fazem são em número completamente residual dado serem clubes insulares.
Pelo que vamos ao cerne da questão.
Tudo aponta para que em vez de alto risco a razão para aquela hora, tão prejudicial ao clube em termos financeiros e de apoio à equipa por um muito maior número de adeptos tal como ao próprio futebol, tenha sido a alta má vontade da PSP contra o Vitória tantas vezes demonstrada nos últimos anos e das mais diversas formas!
E isso é que é preocupante.
As forças de segurança de um Estado de direito terem e manifestarem má vontade contra um clube desportivo centenário e que ainda por cima é instituição de utilidade pública.
Pelo menos tão preocupante como a passividade com que em Guimarães (não) se reaje de forma firme , perseverante e dentro da mais estrita legalidade a estas consecutivas faltas de respeito pelo clube e pelos seus adeptos. 
E aí a responsabilidade não pode ser imputada apenas às direções do clube e administrações da SAD.
Há outras forças vivas, politicas e autárquicas, que tinham obrigação de intervirem em defesa do Vitória como grande instituição do concelho, do distrito e do país.
Mas não fazem rigorosamente nada!
Talvez porque para elas o Vitória apenas exista quando dá jeito tirar fotografias em campanhas eleitorais ou participar na festa quando se ganham troféus e titulos.
E por isso o que se passou ontem foi apenas mais um episódio depois do jogo de Vila das Aves e antes da próxima oportunidade de o Vitória e os seus adeptos serem lesados como tantas vezes tem acontecido.
Depois Falamos.

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