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segunda-feira, julho 15, 2024

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Não é um atentado, que se condena sem qualquer reserva, que me faz mudar de opinião sobre Donald Trump. 
Agressor sexual, vigarista nos negócios que resultaram em múltiplas falências , desprovido de valores morais e éticos, culturalmente de uma ignorância profunda, um péssimo presidente no seu mandato e acima de tudo um criminoso que perdendo as eleições instigou um ataque ao Capitólio tentando pela força de um golpe de estado manter-se num poder que os eleitores lhe recusaram nas urnas. 
Em suma um traste que devia estar preso e não a concorrer de novo a um cargo que devia estar ao abrigo de sujeitos da sua laia. 
Dir-me-ão que tem apoio de milhões de americanos e que pode até ser novamente eleito? 
Pois tem e de facto pode. 
Mas isso é apenas motivo de tristeza e preocupação porque quando um eleitorado se deixa entusiasmar por semelhante personagem isso é sinal de uma democracia doente e de uma sociedade inculta e perigosamente influenciável. 
E quando isso se passa na maior potência do planeta há muitas e boas razões para um redobrar da preocupação. 
Que pelos vistos em Portugal nem todos partilham porque ainda há quem louve, elogie e tenha grandes expectativas quanto a Trump. 
É incrível mas é verdade. 
E quando esse alguém é dirigente e deputado do terceiro maior partido português é caso para dizer que estando no seu direito de o fazer não pode deixar de se lhe aplicar a velha máxima de " diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és". 
Que provavelmente até o orgulhará face ao por ele escrito. 
Sem sequer perceber que este caminho de radicalismo e de incenso a um criminoso levará a que muitos eleitores portugueses, e não americanos, que estão descontentes com os partidos tradicionais olhem para o Chega e se lembrem de José Régio no seu "Cântico Negro"..."Não sei por onde vou, não sei por onde vou, mas sei que não vou por aí "!
Depois Falamos.

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