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terça-feira, junho 18, 2024

Justíssimo

Portugal começou da melhor forma a sua participação na fase final do Europeu alcançando um justissimo triunfo sobre uma seleção checa que passou a esmagadora maioria do tempo no seu meio campo jogando para um 0-0 que lhe interessava.
Roberto Martinez surpreendeu com um onze inical em que Nuno Mendes aparecia como terceiro central enquanto Cancelo teoricamente lateral actuava muito mais como médio transportador de jogo e Vitinha (o melhor português na noite de hoje) pautava todo o jogo da seleção nacional.
E a verdade é que o sistema funcionou e Portugal dominou por completo uma Chéquia que em toda a primeira parte não fez um único remate com um mínimo de perigo enquanto Portugal em três ou quatro ocasiões podia ter aberto o activo.
O nulo ao intervalo não traduzia nem de perto nem de longe o que se passara no relvado mas era uma espécie de aviso de que Portugal tinha de mudar qualquer coisa na segunda parte porque Ronaldo estava demasiado só na área face ao "apagão" de Bruno Fernandes que costuma aparecer em terrenos próximos dos dele mas hoje não apareceu em lado nenhum sendo surpreendente que tenha jogado o tempo todo.
O segundo tempo começou como o primeiro acabara, com Portugal a dominar completamente o jogo mas a denotar dificuldades na área face ao aglomerado de checos e às poucas unidades portuguesas salvo em lances de bola parada.
Mesmo assim pensava-se que o golo seria uma questão de tempo. 
E foi.
Só que na baliza "errada" porque aos 62 minutos no seu primeiro remate enquadrado até então os checos fizeram um grande golo e as coisas complicaram-se para Portugal.
Que teve o mérito de não se desorientar, de continuar a jogar o seu futebol e acabaria por sete minutos depois chegar ao empate num auto golo de um defesa adversário após remate de Nuno Mendes defendido de forma incompleta pelo guarda redes checo que, já agora, foi de longe a melhor unidade da sua equipa.
E depois um quase drama bem á portuguesa com Portugal a chegar ao segundo golo por Diogo Jota, aos 87 minutos, mas que o VAR anularia por fora de jogo milimétrico de Ronaldo e deixaria os adeptos lusos em completo desespero porque viam fugir-lhe uma vitória mais que merecida.
Felizmente já em tempo de descontos o recém entrado (2 minutos antes) Francisco Conceição faria o mais que justo golo do triunfo depois de boa jogada do também recém entrado Pedro Neto e daria à partida o seu mais que merecido vencedor.
Devo dizer o seguinte até porque já li criticas á equipa e ao treinador que me parecem completamente injustas.
O Portugal- Chéquia foi um jogo da fase final do Europeu e não um amistoso com uma seleção do terceiro mundo futebolístico porque a Chéquia não sendo uma seleção de primeiro plano europeu é de segundo e tem escola, tem tradição, tem bons jogadores não sendo nenhuma Andorra, Ilhas Faroe, Liechtenstein ou do género.
Face a essa seleção a equipa nacional teve uns espantosos 74%  de posse de bola, fez 707 passes contra 255,  teve 13 pontapés de canto a favôr e 0 contra, 5 pontapés de baliza a favor enquanto a Chéquia teve 16, 8 remates á baliza contra 1 (o golo) num total de 19 remates contra 5 e 0 defesas de Diogo Costa contra 7 de Stanek.
O que traduz um domínio total do jogo a que apenas faltou alguma fortuna na hora da concretização.
A critcar neste jogo ? 
Apenas a demora nas substituiçoes.
Porque depois das entradas de Diogo Jota e Gonçalo Inácio aos 63 minutos e logo após o golo dos checos o selecionador levou uma eternidade até mexer de novo na equipa apenas o tendo feito aos 89 minutos(!!!) o que foi perfeitamente incompreensível face à necessidade de a equipa dar uma sapatada no jogo e face ao vísivel cansaço de alguns jogadores e ao discreto rendimento do já referido Bruno Fernandes.
Acabou por correr bem com o golo do triunfo a nascer de uma jogada de dois recém entrados .mas é caso para dizer que hoje Martinez teve mais sorte que juízo.
Venha a Turquia.
Depois Falamos.

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