A clubite, especialmente quando roça ou atinge o fanatismo, é sempre e em qualquer circunstância lamentável.
Muito mais quando é arma de arremesso contra a seleção nacional que disputa a fase final de uma grande competição.
Eu gostava muito que Jota Silva estivesse entre os 26 eleitos de Roberto Martinez.
Fez uma grande época, foi escolhido para o "Onze" da LPFP pelos treinadores e "capitães" de equipa, marcou golos, fez assistências, protaganizou excelentes exibições e foi a grande revelação/confirmação da temporada agora finda.
Mas não foi um dos escolhidos.
O que entendi face às muitas opções para a posição em que joga embora lá no fundo fique sempre a pensar que nesta seleção havia espaço para um segundo "espalha brasas" face ao nosso tipo de futebol e ao perfil dos adversários da fase de grupos.
Mas não foi...não foi.
E não é por ele não ter ido que vou passar a implicar com o selecionador, com os jogadores que foram, com as exibições, na procura constante de defeitos que seja possível criticar e de forma acintosa, quase desejando ( e nalguns casos desejando mesmo) que as coisas corram mal para provar que as críticas estavam certas e tudo o resto mal.
Percebo que adeptos de um clube estejam tristes pela ausência de um ou outro jogador seu.
É a minha tristeza por o Jota Silva não estar lá.
Percebo que adeptos de outro clube desejassem que os seus jogadores lá presentes (os actuais e um ou outro do passado) fossem titulares.
Se o Jota Silva lá estivesse seria também esse o meu desejo.
Mas nada disso é motivo aceitável para que não se apoie Portugal sem reservas e desejando que tudo corra bem sempre.
O tempo de discutir os convocados já passou, porque são os que estão na Alemanha e mais nenhuns, pelo que não vale a pena repetir até à exaustão "matéria" já dada.
O tempo de avaliar a prestação da outrora chamada "equipa de todos nós" virá a partir do momento em que ela regresse a Portugal com ou sem o título de campeã europeia e aí não faltará tempo par analisar jogos, dissecar tácticas, elogiar o que esteve bem e criticar o que esteve mal.
Mas agora é tempo de apoiar sem reservas de qualquer espécie embora sem perda da liberdade de opinar dentro de limites razoáveis quando se trata de formular críticas.
Em tempo de guerra não se limpam armas pelo que aqueles que estão sempre ansioso por andarem aos tiros bem podem fazer à selecção nacional o especial favor de se conterem por algum tempo e deixarem a clubite metida numa gaveta em prol desse apoio que a seleção merece.
Creio que não é pedir muito o desejar que todos os portugueses apoiem Portugal.
Depois Falamos.
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