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sábado, abril 06, 2024

Massacre

Ganhas as eleições, constituído o governo, tendo tomado posse ministros e secretários de estado, é agora tempo de apresentação do programa de governo para depois se iniciar, de facto, a governação.
Sendo claro que a mais que justificada mudança de logotipo efectuada no próprio dia de tomada de posse foi um bom sinal de cumprimento de promessas e  também de bom gosto porque a esfera armilar e o escudo de Portugal são muito mais bonitos e muito mais representivos que a porcaria do ovo estrelado ladeado por uma fatia de pepino verde e outra de pepino vermelho que a troco de 75.000 euros o governo anterior inventara.
Agora de uma coisa este governo pode estar certo.
Vai ser alvo do maior escrutinio de sempre, que chegará ao nível de massacre, por parte da comunicação social e dos comentadores do regime socialista que tudo farão para diminuir, apoucar,  achincalhar os membros do governo não hesitando em recorrer à mentira, à calúnia, à invenção, ao fabrico de casos e casinhos para atingirem os seus torpes objectivos.
E já começaram aliás.
Foi o "gravissímo" atraso na divulgação dos secretários de estado, foram (imagine-se ao que se chegou que é apenas o anúncio daquilo a que se vai chegar...) as canetas com que alguns membros do governo assinaram as tomadas de posse, são as críticas aos "falhanços" de um governo que ainda nem começou a governar, é o vasculhar frenético das redes sociais tentando encontrar qualquer coisinha que os membros do governo tenham publicado (nem que fosse há dez anos) e que possa pô-los em causa de alguma forma, tudo serve para começar a pôr defeitos no novo governo.
E nessa matéria o quase falido grupo Impresa, que nos últimos anos viveu muito da caridade do governo socialista, tomou a dianteira como era, aliás, de esperar.
Fruto da azia mal resolvida do Costa pequeno, da habitual ambiguidade tantos anos lucrativa do Dr. Balsemão que proclamando-se como militante número um do PSD (não é mas isso é outra questão) sempre fez o jogo do PS, dos favores que há a pagar a quem governou.
Basta ver a edição desta semana do "Expresso", basta ouvir os seus comentadores em programas abjectos como o "Eixo do Mal" que anda há vinte anos a espalhar badalhoquice a esmo, basta ouvir a maioria dos seus comentadores políticos para se perceber que está declarada guerra ao governo e que eles são o porta bandeira do exército inimigo.
Hoje de manhã, por exemplo, no noticiário da SIC-Notícias das 11.00 h foi um forrobódó de maldicência e de busca de casos e casinhos centrado nalguns secretários de estado.
Foi uma decisão de Telmo Correia há vinte anos, outra de José Cesário do mesmo período, as publicações de Carlos Abreu Amorim no facebook e no twitter, tudo matérias que nada tem a ver com a  apreciação de um governo que está no seu início.
Até porque as decisões de Telmo e Cesário enquanto governantes no período 2002-2005 nunca foram alvo de qualquer acção judicial contra os seus autores e as publicações de Abreu Amorim inserem-se no mais que respeitável direito á liberdade de opinião e foram feitas no âmbito de um combate político legítimo e a que o autor tinha direito como qualquer cidadão.
Mas é o que temos.
E o que vamos ter.
Porque para essa cambada (para não lhes chamar pior) , bem como para os partidos de esquerda radical a que infelizmente se juntou o PS de Pedro Nuno Santos, a questão fundamental é o considerarem que o PSD e o CDS não tem direito a governarem, que o estarem no governo é uma usurpaçao do que devia ser direito apenas da esquerda e por isso há que correr com eles de qualquer forma sendo o "vale tudo" um instrumento como qualquer outro para atingirem esse fim!
Luís Montenegro e o seu governo vão necessitar de uma enorme coragem, de imensa resistência e da estratégia adequada para travarem esse combate sabendo que do outro lado podem esperar todas as deslealdades, todas as artimanhas, todas as infâmias.
Mesmo vindas de um PS que se tivesse vergonha (nunca teve é um facto) falava menos e tinha mais sentido de Estado para ajudar o país a sair de uma situação muito díficil e da qual é o único responsável fruto da sua governação incompetente e irresponsável nos últimos oito anos.
Mas as coisas são o que são.
E por isso haja coragem, haja paciência, e haja a certeza que só uma  governação que resolva problemas e faça reformas poderá combates eficazmente o massacre que se adivinha.
A partir daí que cada um assuma as suas responsabilidades.
Depois Falamos.

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