Li o primeiro volume das "Memórias Políticas" de Diogo Freitas do Amaral aquando da sua publicação em 1995.
E o segundo em 2008 também pouco depois de publicado.
O terceiro é que demorei mais tempo porque datando a sua publicação de 2019, poucos meses antes da morte do autor, só agora passados quase cinco anos é que o li.
Com o cuidado de previamente reler os outros dois volumes para ficar com uma imagem sequencial e actualizada destas memórias lendo-as como se de um único volume se tratasse.
E sendo o terceiro livro escrito com clareza, o talento e a riqueza de pormenores do anterior da leitura dos três se extrai um retrato extraordinário não só da vida pessoal , política e profssional do autor mas também de Portugal desde os últimos anos do Estado Novo até 2017.
E não só de Portugal como da própria Europa e do mundo fruto dos cargos que ocupou desde ministro do negócios estrangeiros a presidente da assembleia geral da ONU passando pela presidência da UEDC.
Ao longo destes anos todos, e já ouvia falar dele antes do 25 de Abril mas obviamente que foi a partir da fundação do CDS que passei a acompanhar o seu percurso mais de perto, tive momentos de grande proximidade política com Freitas do Amaral e outros de grande distanciamento.
De proximidade nos tempos em que foi um excelente vice primeiro ministro da AD com Sá Carneiro e na candidatura presidencial que apoiei entusiasticamente e em que participei bastante e depois de afastamento quando integrou o primeiro governo de Sócrates e quando contestou activamente o governo de Passos Coelho.
Mas tudo isso já lá vai.
Diogo Freitas do Amaral foi um dos "pais" fundadores da democracia, serviu Portugal de forma digna e competente em vários palcos e os três livros das suas "Memórias Políticas" são absolutamente imperdíveis e cuja leitura recomendo vivamente.
Depois Falamos.
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