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quinta-feira, fevereiro 15, 2024

Incongruências

O PS governou miseravelmente estes oitos anos sem fazer reformas, aumentando a dívida pública para máximos históricos, oferecendo ao país um triste espectáculo de demissões atrás de demissões de membros do governo, desperdiçando a maioria absoluta que os portugueses lhe deram, deixando a saúde, a educação, a segurança, a agricultura, a justiça, a habitação, no caos que é perceptível todos os dias com inumeras classes profissionais a mostrarem na rua o seu descontentamento.
Pedro Nuno Santos tem feito uma campanha sem chama, tem-se afundado nos debates, tem um cadastro de graves erros políticos e alguns deles bem onerosos para os cofres do Estado, tem demonstrado a mais absoluta impreparação para ser primeiro ministro tal como já demonstrara incapacidade e incompetência para ser ministro.
A AD depois de um começo titubeante tem a campanha na estrada com algumas iniciativas de sucesso e uma imagem que está a colher a simpatia dos portugueses, como a evolução positiva das sondagens bem o demonstra, e coloca claramente a coligação como a grande favorita para vencer as eleições.
Luís Montenegro de início olhado com cepticismo, por muitos dentro do PSD e por quase todos fora do partido, tem vindo progressivamente a impor a sua imagem, a solidificar a sua credibilidade e tem sido a larga distância o melhor nos debates entre os líderes e o único que transmite uma postura de primeiro ministro.
Ou seja a evolução da campanha mostra uma AD em crescendo e um PS em decréscimo!
E é neste momento, e ainda por cima com a particularidade de por respeitáveis razões pessoais Luis Montenegro estar ausente da campanha, que surge uma entrevista de um alto responsável do PSD a colocar a hipótese de o partido viabilizar um governo minoritário do PS (permitindo supor  que as declarações de Nuno Melo possam não ter sido tão isoladas quanto se supunha) e, ainda piorando o que já era mau, admitindo que Luís Montenegro poderá não continuar como líder caso perca as eleições  o que é quase um pontapé de saída para as primárias da hipotética sucessão.
Não percebo esta vertigem suicidária que por vezes se apossa do PSD nestes períodos em que o discurso devia estar afinado e virado para fora no que interessa ou seja nas propostas da AD para Portugal e na denúncia dos multiplos erros governativos do PS.
Não sei qual é o ganho de causa em numa altura em que a AD é favorita a vencer as eleições aparecerem dirigentes do PSD  a admitirem a vitória do PS fragilizando a onda  de crescimento da AD.
Não entendo que depois destes oito anos em que o PS deixou o país como se vê ainda existam dirigentes do PSD a considerarem a possibilidade de deixarem o PS continuar a governar.
Mas sei uma coisa.
Pedir às pessoas o voto na AD admitindo que esse voto possa servir para viabilizar a continuidade do PS no poder é um erro absolutamente crasso e que apenas servirá para afastar todos os eleitores dessa área que de facto querem o PS longe do poder.
Um erro que pode transformar uma vitória perfeitamente ao alcance numa derrota escusada.
Por mim, que sempre defini essa clarificação como decisiva para definir o meu voto que em caso algum servirá para sustentar a manutenção do PS no poder, espero tranquilamente que Luís Montenegro seja absolutamente claro na definição do que fará o PSD no caso de uma vitória do PS.
Porque é a palavra dele que me interessa.
A dos outros, de Pacheco Pereira e seus seguidores ao porteiro da S.Caetano á Lapa passando pelos que dizem o que pensam sem pensarem bem no que dizem (hipótese benévola...) é-me completamente indiferente em termos de decisão de voto.
Espero até 9 de Março, dia de reflexão, não ter absolutamente nenhuma dúvida sobre este assunto.
Depois Falamos.

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