Com o aproximar das eleições legislativas de Março os partidos estão em tempo de escolhas.
De escolhas e de angústias é claro.
De escolhas das listas, dos deputados que vão continuar e dos que vão sair, daqueles que vão ser convidados a integrarem as listas pela primeira vez e dos que vão regressar depois de já lá terem estado noutras legislaturas.
Mas é também o tempo das angústias.
Dos que estão e querem ficar mas não sabem se vão ser convidados pelas distritais, aceites pelas direcções nacionais e depois se integram as listas em lugar elegível, duvidoso ou apenas para encher dada a impossibilidade de serem eleitos na posição em que fiquem.
São pouco os que escapam dessas angústias, entre os que querem continuar é claro, como poucos são os que tem a sua permanência na razão directa do mérito e do trabalho parlamentar efectuado porque nestas alturas outros valores se alevantam e bastas vezes bons deputados saem e outros que nada acrescentam vão ficando e por vezes ao longo de décadas.
E neste tempo de escolhas há algo que eu gostaria sinceramente de ver consagrado, e sem qualquer necessidade de mexer na Constituição para o efeito porque basta a vontade dos partidos para isso ser uma realidade, que é a limitação de mandatos dos deputados.
Tal como já existe para os presidentes da república, das câmaras municipais e da sjuntas de freguesia.
Penso, de há muito, que um deputado não deve fazer mais de doze anos (três legislaturas) seguidos ou intervalados sem que concluido esse período temporal deixe o Parlamento na legisltura seguinte aquela em que complete esses doze anos dando lugar a uma renovação indispensável á boa saúde do seu partido e do sistema político em geral.
Sem prejuízo de futuramente poder voltar ao Parlamento porque essa medida não era um impedimento para o resto da vida como é óbvio.
E quando manifesto esta opinião faço-o a pensar essencialmente no PSD.
Pela simples razão de que nunca votarei no PS, CDU, BE, PAN ou Livre e embora ache que este princípio devia ser seguido por todos é-me indiferente que uma área política em quem nunca votarei o siga ou não.
E por isso o PSD.
Até porque na área política à direita do PS é o único partido em que o fenómeno da antiguidade para lá dos 12 anos se manifesta dado que Chega e Iniciativa Liberal estão há poucos anos no Parlamento e o CDS actualmente nem lá está.
E adoptar esse princípio não recandidatando nenhum dos actuais deputados com doze ou mais anos de presença parlamentar seria um excelente sinal de renovação, de pessoas e critérios, que seguramente o eleitorado saberia apreciar pela inovação e pela coragem de que se revestiria.
De resto o líder do PSD, Luís Montenegro, tem autoridade moral suficiente para o fazer porque ele próprio, e por sua vontade, deixou o Parlamento em 2018 voltando à sua vida profissional de advogado e não quis ser candidato nas eleições seguintes.
Seria, repito, um excelente sinal.
Mas desconfio que não passará de um velho desejo meu.
Depois Falamos.
Queres impedir o próprio Luís Montenegro de concorrer. Pelas minhas contas ele tem, pelo menos, 15 anos de Assembleia da República...
ResponderEliminarCaro Anónimo
ResponderEliminarOra leia lá bem o que escrevi que não é difícil de perceber