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quinta-feira, novembro 30, 2023

Decisões

A quinta jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, no que toca a equipas portuguesas, não resolveu nada e deixou todas as decisões para a última ronda em que se conhecerá o destino de cada uma delas.
O Porto, de longe a melhor posicionada para continuar na Champions, perdeu em Barcelona num jogo em que não foi inferior ao seu adversário, excepto na capacidade finalizadora, que pôde contar com uma esplêndida exibição de João Cancelo a desequilibrar a seu favor a partida.
Agora recebendo no Dragão o Shaktar Donetsk o Porto tem tudo a seu favor para carimbar a sua passagem aos oitavos de final desde que não se entretenha, como esta época já aconteceu por mais que uma vez, a complicar a vida a si próprio.
Mas em condições normais passará.
Já para o Braga a vida está bem mais difícil.
Já se sabia que ontem tanto lhe fazia empatar como ganhar porque o seu apuramento estaria sempre dependente de vencer em Nápoles mas o triunfo facilitaria as coisas em termos de diferença de golos como critério de desempate.
Ontem empatou, depois de estar a perder, e confirmou que a equipa é muito melhor do meio campo para a frente do que no sector recuado que é frágil e por vezes pouco inteligente como a estúpida expulsão de Niakité conformou.
Agora em Nápoles será um "mata,mata" mas com o actual Nápoles o Braga ainda pode alimentar algumas esperança, ainda que ténues, de permanecer em prova.
Certo é que tem as três hipóteses em aberto,
Ficar na Champions, cair para a Liga Europa ou sair das competições europeias.
O mais provável é mesmo ir jogar a Liga Europa.
Quanto ao Benfica era dos três o único que ontem entrou em campo com a sua situação na Champions resolvida.
Fosse qual fosse o resultado sabia que o futuro estava na Liga Europa ou na eliminação europeia.
E tentou fazer pela vida numa primeira parte em que aproveitando a poupança de jogadores preocessada por Simone Inzaghi fez uma exibição agradável e marcou três golos (o triplo dos que marcara nos quatro jogos anteriores) através de um improvável João Mário que conseguiu face à ex equipa o primeiro hat trick da sua carreira.
Ao intervalo Inzaghi terá dito aos seus jogadores que já bastava e na segunda parte o Inter foi outro, ao nível que se lhe conhece, e fez três golos e só não ganhou porque o posta substituiu Trubin num lance indefensável para este.
Uma quase reviravolta que assentou apenas e só no rendimento das equipas e na orientação dos treinadores e em mais nada ainda que se queiram arranjar desculpas de outro género para o resultado ser o que foi.
Confirmando, isso sim, que o Benfica se dá mal com arbitros estrangeiros e que o fair play de Herr Schmidt apenas é visto quando o resultado lhe agrada porque noutras ocasiões ou foram os árbitros que não ajudaram ou a arbitragem foi um desastre como ainda ontem afirmou sem qualquer razão. 
Na última jornada o Benfica vai a Salzburgo com a difícil tarefa de para quem não ganhou um único jogo até agora ter de ganhar e por uma diferença que lhe permita ultrapassar o adversário em termos de diferença de golos.
Não é impossível mas também não é nada fácil.
Pelo que creio que o futuro das equipas portuguesas nas competições europeias desta época passará pelo Porto na Champions, pelo Braga na Liga Eurropa e pelo Benfica eliminado.
Tudo que seja melhor que esta previsão é bem vindo.
Depois Falamos

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