Quando Moreno Teixeira, por razões não totalmente explicadas, decidiu deixar o seu cargo estou absolutamente certo que nenhum dos mais de trinta mil associados do Vitória se lembrou de Paulo Turra para o substituir.
Foram muito os palpites mas nenhum nesse sentido.
O que é natural.
Não tinha currículo, fora quase sempre adjunto, saira de Portugal como jogador há quase vinte anos e, em bom rigor, não era conhecido como treinador.
E por isso ninguém se lembrou de o referir como hipótese para substituir Moreno.
Ninguém ?
Ninguém com uma excepção.
Por azar do Vitória a única pessoa com poderes para contratar um treinador sem dar satisfações a ninguém. O presidente da sad.
Que optou por Turra sem nunca explicar cabalmente o porquê da opção.
Como não fora explicada a saída de Moreno o que numa órgãos sociais que tanto falaram de transparência em campanha eleitoral é no mínimo esquisito.
E Paulo Turra veio trazendo com ele três adjuntos brasileiros para juntar aos que já cá estavam.
Pode dizer-me que foi uma opção sustentada apenas num palpite do presidente da sad e em nada mais porque nada mais havia que recomendasse a contratação.
Correu mal.
Como mal tinham corrido os palpites do presidente na época anterior com a contratação de três treinadores para a equipa B, com cada um a revelar-se pior que o anterior, e o desfecho conhecido da despromoção de uma equipa do Vitória à IV divisão.
E como o palpite Turra correu mal, apenas dias depois de uma entrevista do presidente a dizer que estava tudo bem e manifestando a sua satisfação com o trabalho do treinador, o Vitória viu a partida de Turra ao fim de seis jogos.
Seis!!!
E uma vez mais por razões mal explicadas remetendo a saída para um enfraquecimento da liderança que é uma justificação que vinda de donde vem é daquelas piadas que se faz por si só.
Porque se havia problemas disciplinares no balneário era a administração da sad que tinha de os resolver e não o treinador.
Pelo caminho um dos objectivos da época, a taça da liga, caiu aos pés do Tondela.
E com o despedimento de Turra e da sua corte de adjuntos vinda com ele o Vitória volta a mudar de treinador ( terceiro em sete jornadas mais os interinos Aroso e Douglas) e tem de pagar as indemnizações aos quatro o que significará mais um rombo nas contas do clube que o presidente não se cansa de dizer que estão em mau estado.
Um mau estado que apesar de tudo permite estágios de pré temporada numa das unidade de turismo mais caras do país bem como lanches para a comitiva no restaurante de leitão mais caro da Mealhada para dar apenas dois exemplos de gastos desnecessários.
Em suma, e concluindo, o palpite presidencial quanto a Paulo Turra sai caro ao Vitória em termos desportivos e em termos financeiros.
Sem que o único responsável disso, o presidente António Miguel Cardoso, tivesse até à data assumido a sua responsabilidade na escolha e no enorme insucesso da mesma.
Para quem tanto pregava a responsabilidade e a transparência é de uma enorme incoerência.
Para lá de uma gestão desportiva e financeira desastrosa.
Depois Falamos.
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