No cada vez mais surpreendente futebol português, embora o surpreendente seja quase sempre no pior sentido, tivemos no Porto-Arouca mais um momento de surpresa.
Ou melhor três momentos de surpresa.
O penalti revertido, a falha de energia no VAR e o tempo de desconto dado pelo árbitro Miguel Nogueira.
O primeiro nem é bem surpresa porque penaltis sobre Taremi fazem parte do menu de jogos do Porto com uns (menos) a serem justos e outros (mais) a pura e simplesmente não existirem.
Foi o caso deste em que até a simulação foi mal feita porque já se viu Taremi simular bem melhor.
E é pena.
Porque é um excelente jogador que apenas prejudica a sua imagem e a do próprio clube com tanto fingimento.
Se um dia for para outro campeonato, o que se afigura cada vez mais difícil dada a idade e a imagem criada, terá sérios problemas se mantiver este tipo de comportamento.
E então se for(fosse) para a Premier League seriam os próprios adeptos do seu clube os primeiros a verberarem as simulações.
A falha de energia que impediu o árbitro de visualizar as imagens é grave.
Não só porque não é a primeira vez que ali acontece mas também porque as versões de FCP, Altice e Liga são muito divergentes e nada tranquilizadoras quanto à inexistência de intencional mão humana no sucedido.
Creio que é assunto que merece investigação séria e sem contemplações quanto ao apuramento de responsabilidades sob pena de o campeonato se tornar num circo ainda maior do que às vezes já é. Resta dizer que a insólita visão do árbitro ao telemóvel com o VAR, que terá corrido mundo, sendo ou não conforme os regulamentos teve pelo menos o mérito incontestável de ter salvaguardado a verdade desportiva revertendo a marcação do penalti.
Caso para dizer que se escreveu direito por linhas (neste caso telefónicas) tortas.
Devo dizer que acho ridícula a pretensão do Porto de que o jogo seja repetido salvo se houver suporte regulamentar o que me parece não ser o caso.
Até porque se não o ganharam não foi pelo árbitro, nem pelo VAR, nem pela falta de imagens.
Foi por mérito do Arouca e porque não jogaram o suficiente para vencerem.
Finalmente os descontos de tempo que tanto inspiraram a imaginação dos criadores de memes e ainda mais excitaram os cartilheiros que pululam pelas televisões, rádios e jornais.
O António Tadeia, que considero um jornalista sério e competente, já explicou detalhadamente na RTP porque razão o jogo durou o tempo que durou.
Nada tenho a acrescentar a essa explicação.
Se houve (e houve mesmo) assuntos que merecem censura não foi esse de certeza por mais que isso desagrade aos que fazem da cartilha modo de estarem no futebol.
Depois Falamos.
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