Confesso que quando em 1981 vi "Os Salteadores da Arca Perdida" estava muito longe de pensar que quarenta e dois anos depois veria o quinto filme da série e com o personagem sempre interpretado pelo grande Harrison Ford.
É certo que a saga de James Bond é mais antiga e tem mais filmes mas o personagem já foi interpretado por seis actores enquanto neste caso se mantém o mesmo!
Que com "Indiana Jones e o Templo Perdido " (1984) e "Indiana Jones e a Grande Cruzada" (1989) se pensava ter fechado uma trilogia e simultaneamente permitido ao personagem pendurar definitivamente os icónicos chapéu e chicote.
Mas não.
Em 2008, e para surpresa geral, surgiu "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal" com um Harrison Ford já sessentão mas cuja veterania não o impediu de assinar mais uma grande interpretação no papel do famoso arqueólogo aventureiro.
Pensava-se, uma vez mais erradamente, que seria a sua ultima aparição.
Mas qual quê.
Com quase oitenta anos o actor voltou a pôr o chapéu e a pegar no chicote para uma última (será que é mesmo?) interpretação de Indiana Jones e fá-lo num filme nostálgico, com muitas ligações aos quatro filmes anteriores e até fazendo reaparecer algumas personagens desses filmes.
Em suma um filme que se vê muito bem, com momentos de grande cinema a par da tal evocação de filmes anteriores que trazem a nostalgia dos tempos que não voltam.
Gostei do filme mas espero que seja mesmo o último.
Porque Harrison Ford é Indiana Jones e Indiana Jones é Harrison Ford, nenhum actor pode substitui-lo, mas agora sim é mesmo tempo de pendurar o chapéu e guardar o chicote.
Depois Falamos.
Nota: O tempo passa e não volta para trás. Em muita coisa e também no cinema. E para mim foi uma experiência completamente nova assistir a este filme numa sessão de fim de tarde numa sala onde estávamos apenas dois espectadores!
Dois espectadores num filme de Indiana Jones...
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