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terça-feira, maio 16, 2023

Opinião

A entrevista do Presidente António Miguel Cardoso ao " Desportivo de Guimarães" não tem qualquer influência na minha opinião sobre o que vai ser votado na Assembleia Geral de sexta feira.
Essa foi formada e fechada quando constatei que na alteração proposta ao pacto social da SAD é confirmado o que foi claramente negado na última assembleia geral do clube pela mesma pessoa.
O presidente do Vitória Sport Clube.
E em matérias tão importantes e relevantes para o futuro do Vitória não há resultados desportivos ou anúncio de contratações de jogadores que tenham a mínima influência naquilo que penso porque as matérias em causa são muito mais importantes que a espuma dos tempos que correm a cada momento.
Apuramentos europeus e jogadores vão e vem mas o Vitória Sport Clube convém que fique.
De resto enquanto associado e accionista da SAD não gosto que me ponham as coisas desta maneira.
"Ou aprovam ou não temos parceiro".
Não gosto de ver a massa associativa ser posta entre a espada e a parede como se não houvesse mundo para lá da VSports.
Aliás um parceiro que põe as coisas desta forma, que se me afigura uma chantagem sobre o clube porque ou aceitamos as condições dele ou não há parceria, não me parece que seja parceiro que nos interesse para nada.
E digo isto com a clareza de quem na última AG votou favoravelmente a parceria.
Mas apenas porque foi dito pelo presidente do clube que ao parceiro não seriam dados direitos de veto que afinal constam da proposta de alteração de estatutos da SAD. 
E isso faz toda a diferença.
Porque se a chantagem agora é esta, ou aceitamos o que a Vsports quer ou não há parceria, o que será a actuação deles depois de cedermos ao ultimato e lhes darmos um poder que se sabe onde começa mas não se sabe onde vai acabar?
É que as surpresas neste processo tem sido tantas, e as cláusulas de confidencialidade tem sido prática tão corrente com a actual direcção, que me sinto no legítimo direito de estar apreensivo perante a eventual possibilidade de ainda virmos a ter mais, e infelizmente piores, surpresas.
Para lá de a aprovação da proposta  significar atirar hoje pela "janela" o que ontem, e muito bem, se recusou deixar sair para "porta".
E de se pressentir uma urgência, quase aflição, em fechar a parceria de qualquer maneira o que por si só também não é particularmente animador.
Em bom rigor, as coisas são o que são, a aprovação desta alteração ao pacto social significa que o Vitória hoje maoritário na sua SAD ficará com menos poder do que quando nela era minoritário mas tinha um accionista maioritário que respeitava o clube e nunca exerceu qualquer tipo de pressão sobre a gestão da SAD.
E muito menos a chantegeou fosse no que fosse sendo nela maioritário.
Sexta feira cada um assumirá as suas responsabilidades e votará livremente de acordo com a sua consciência sendo que  seja qual for o resultado da votação ele deve ser respeitado por todos.
Mas sabendo todos que a aprovação desta proposta tem efeitos irreversíveis no futuro porque dando hoje o poder de veto ao parceiro amanhã já não há volta a dar-lhe nem retorno do que será dado.
Se em relação ao que o presidente do clube disse na última AG, confirmando-se agora que a proposta de alteração  não corresponde ao que foi dito, ainda se pode falar da sapiente máxima " do que hoje é verdade amanhã pode ser mentira" já no que toca à perda de poder do Vitória para a Vsports, caso as alterações sejam aprovadas, aí estaremos perante a certeza de que é verdade hoje, amanhã e para todo o sempre.
Por mim não contribuirei para que o Vitória Sport Clube tenha no futuro menos poder, menos influência e menos capacidade de decisão na sua SAD.
Depois Falamos.

Nota: E, ironia das ironias, andamos a tomar decisões e a assumir responsabilidades sobre um contrato de parceria que não conhecemos. Porque sendo o Vitória Sport Clube maioritário na SAD nunca aos seus associados foi dado conhecimento cabal do teor do mesmo. Sendo que, supostamente, o Vitória é nosso. Dos sócios.

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