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quinta-feira, abril 20, 2023

Culpa

 "Podem acabar com o VAR. Assim não faz sentido"

Já se desconfiava que a camada de verniz e o celebrado "fair play" de Roger Shmidt eram atributos exclusivos dos tempos bons em que ganhva sempre e fazia discursos que encantavam os totós e os crédulos da vida. 
E desconfiava-se que quando a agulha virasse, porque ninguém ganha sempre mesmo no terceiro mundista campeonato português em que alguns são levados ao colo, a verdadeira natureza do alemão viria ao de cima. 
E assim foi. 
Começou a perder jogos e começou a agarrar-se a desculpas lidas numa qualquer cartilha atirando para os árbitros ( mas que injustiça!) a responsabilidade de resultados em que a responsabilidade é da equipa e essencialmente dele próprio que foi claramente "comido de cebolada" por Sérgio Conceição, Vítor Campelos e Simone Inzaghi. 
Percebo que ontem sentisse uma saudade sem fim de Rui Costa, Fábio Veríssimo, Soares Dias, Nuno Almeida, João Pinheiro, Manuel Mota, Luís Godinho, etc que tanto o tem ajudado a ganhar jogos que não mereceu vencer. 
Mas ontem não foi pelo árbitro. Foi por ele próprio. 
Que uma vez mais falhou. 
Falhou no onze, falhou no timing das substituições, falhou na estratégia de jogo. 
Entrando em campo com uma desvantagem de dois golos do primeiro jogo a equipa tinha de arriscar tudo. 
Não arriscou nada. 
O onze do costume, um meio campo com jogadores a mais, um ataque em que Gonçalo Ramos vive numa solidão exasperante face às intermitências de Rafa e à falta de médios que saibam explorar a profundidade. 
E a agravar o panorama aos 14 minutos o Inter marca o que elevou a vantagem para três golos. 
Era preciso reagir, fazer qualquer coisa. 
Não fez nada. mesmo com a regra das 5 substituições (que acho que a maioria dos treinadores não sabe usar devidamente) que dá uma grande possibilidade de fazer mudanças a quem as saiba fazer. 
Bem à portuguesa, cruel ironia, esperou pelo intervalo para lançar Neres cujo futebol exigia que neste jogo fosse titular porque havia um prejuizo a recuperar e ele funciona bem como gazua para abrir defesas.
E fazendo essa única mudança mesmo constatando que em termos de marcador nada se alterava deixou andar. 
O Inter aproveitou e fez o segundo golo voltando a dilatar a vantagem. 
E aí Schmidt reagiu. 
Metendo Gonçalo Guedes e tirando...Gonçalo Ramos, ou seja, trocando de ponta de lança e continuando a apostar num sistema táctico que não estava a resultar e prescindindo do seu melhor goleador. 
E o Inter aproveitou para fazer o terceiro golo resolvendo de vez a eliminatória. 
Depois ainda fez entrar Neves, Musa (que fez um golo) e Schelderup mas deve ter sido apenas para lhes dar o gosto de jogarem em S. Siro porque obviamente já nada havia a fazer.
E por isso o Benfica foi eliminado por um Inter que não lhe é superior. 
Tal como o Porto tinha sido pelo mesmo Inter que também não lhe foi superior.
Mas se o Porto pode queixar-se de falta de sorte o Benfica apenas se pode queixar da falta de saber. 
Do seu treinador!
E por isso estas desculpas esfarrapadas de Roger Schmidt mais não servem do que para comprovar que a euforia que rodeou a sua apressada renovação contratual foi absolutamente excessiva e claramente prematura.
Veremos o que o futuro próximo trará.
Depois Falamos.

Nota: Quanto às saudades do treinador do Benfica em relação aos árbitros portugueses este fim de semana tudo volta aquele normal que tanto lhe agrada. 
Para o Benfica - Estoril foi nomeado, imagine-se, Rui Costa. 
A quem o Benfica esta época já pode agradecer vários pontos. 
Como por exemplo com as arbitragens em Guimarães e em Vila do Conde onde não assinalou claras grandes penalidades contra o Benfica. 
E o jogo de Vila do Conde foi apenas duas jornadas atrás pelo que ainda realça a estranheza por esta nomeação. 
Haverá falta de árbitros? 
Não. Há é falta de vergonha por parte do conselho de arbitragem.

https://www.jn.pt/desporto/roger-schmidt-dignificamos-o-nome-do-benfica-16209344.html

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