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terça-feira, abril 25, 2023

Lamentável

O que se passou hoje no Parlamento foi absolutamente lamentável.
O Parlamento é a casa de da demoracia e no cerne da demcoracia está o respeito, a tolerância, a observância de regras de conduta.
O Chega pode ter as suas razões para não gostar de Lula.
Eu também não gosto e tenho imensa pena que o Brasil tivesse que optar entre ele e Bolsonaro.
Mas Lula é o Presidente do Brasil por escolha livre e democrática do povo brasileiro e gostando-se ou não dele tem que se respeitar a sua eleição e o facto de estar em Portugal como chefe de Estado de um país amigo e com o qual Portugal tem laços muito particulares e muito antigos.
E por isso as atitudes protagonizadas pelos deputados do Chega foram profundamente lamentáveis e merecem a censura de todos quantos não se reveêm na transformação de um Parlamento numa espécie de circo em que vale tudo para se ter mediatismo.
Digo isto com o à vontade e a moral de nunca ter alinhado em histerias anti Chega e nunca ter feito coro nas permanentes  diabolizações desse partido que uma esquerda bem pior que ele, em termos de respeito pela democrcia, teima em permanentemente fazer.
Mas o que fizeram hoje é inaceitável. 
Falta de respeito pelo Parlamento, falta de respeito por um Chefe de Estado, falta de respeito pela imagem do próprio país.
Não sei se esta acção infeliz caiu bem na base eleitoral do Chega e lhe vai render dividendos eleitorais.
Mas sei que lhe afectou a credibilidade e possivelmente afastará do partido alguns indecisos assustados pelo radicalismo da atitude.
Problema do Chega.
Que pode ter muitas razões para não gostar de Lula mas terá dificuldade em compatibilizar isso , em termos de coerência, com os convites que fez para um encontro internacional a decorrer em Lisboa a personalidades como Trump e Bolsonaro que em termos de cadastro são piores que Lula embora ainda não tenham sido presos.
Ainda.
Mas espero que não demore muito porque razões não faltam.
Em suma o Chega hoje fez uma triste figura.
Que lhe tenha serviso de lição embora duvide.
Depois Falamos.

Nota: Outra triste figura foi,uma vez mais, a do Presidente da Mesa.
Que quer na forma como se dirigiu ao Chega, parecendo que estava num qualquer comício, quer no discurso que proferiu, criticando implicitamente o Presidente da República e arvorando-se em defensor do governo, mais parecia o candidato em pré campanha da esquerda e da extrema esquerda às próximas presidenciais do que a segunda figura do Estado.
Parecia? Não. Estava mesmo em pré campanha.
Mas de Augusto SS , em bom rigor, não se pode esperar mais que radicalismos, prepotências e sectarismo. Está-lhe no sangue e na falta de cultura democrática.

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