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terça-feira, janeiro 03, 2023

Zombie

Em 26 de Maio de 2022 a jornalista Anabela Campos publicou esta notícia no Expresso.
Não foi no Crime, embora pudesse ter sido, foi mesmo no semanário que é o principal jornal político do país desde 1973.
Jornal, e site on line, que são lidos de fio a pavio por todos os assessores de imprensa de todos os ministérios e da presidência do conselho de ministros a quem uma notícia como esta seguramente não escapou e fez parte do clipping distribuído diariamente a todos os membros do governo e ao pessoal político dos respectivos gabinetes.
A 26 de Maio Fernando Medina era ministro das finanças há dois meses!
Pedro Nuno Santos ministro há três anos.
António Costa primeiro ministro há sete anos.
A notícia fala de uma gestora da TAP que tinha saído da companhia, e estava em vias de ser nomeada para uma entidade pública do sector da aviação (soube-se depois que era a NAV) , com uma indemnização milionária.
Refere ainda que fonte oficial do ministério das infraestruturas não confirmava a informação.
Fonte oficial saliente-se.
Ou seja em Maio todos sabiam que Alexandra Reis tinha saído da TAP a caminho da NAV e que saíra com os bolsos bem recheados.
Todos!
António Costa, Pedro Nuno Santos e Fernando Medina.
É impossível acreditar que não soubessem.
E por isso todos eles mentiram ao país ao dizer que não sabiam.
E se no limite da credulidade fosse possível acreditar que não sabiam então a conclusão era que não sabiam porque não quiseram saber.
E isso é desleixo, incompetência e irresponsabilidade inaceitáveis para um primeiro ministro e dois ministros.
Mas sabendo de tudo ainda assim Fernando Medina convidou a desavergonhada ex secretária de estado para o governo.
Esquecendo o histórico, olvidando a falta de vergonha com que após 8 meses de trabalho pedira uma indemnização superior a um milhão de euros pela saída da TAP, valorizando a amizade familiar ou sentindo o rabo preso por qualquer coisa.
Pedro Nuno Santos já foi à vida e o futuro dirá se tem mais vidas.
António Costa arrasta-se penosamente até ao dia em que o pântano o afogue, sobrando-lhe em arrogância o que lhe falta em credibilidade e numa permanente insistência em mentir ou dizer a verdade conforme lhe dá mais jeito.
Fernando Medina, esse, qualquer dia já nem peso morto é.
Apenas um zombie que vagueia erraticamente pelo governo pendurado na amizade do primeiro ministro e numa capacidade indesmentível de se fazer de sonso.
Tivesse Portugal um Presidente da República e tudo podia ser diferente.
Mas não tem!

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