O meu artigo desta semana no zerozero.pt
A frio, depois de tanta chuva também era difícil ser de outra forma, há que deixar algumas notas sobre o jogo de ontem em Barcelos no qual o Vitória deixou mais três pontos num percurso que começa a ser penoso face às derrotas e empates dos últimos tempos.A primeira é sobre equipamentos.
Embora goste muito do segundo equipamento, dos mais bonitos dos últimos anos, não entendo porque razão contra o Braga (aí nem entendo nem aceito) e contra o Gil Vicente não jogamos com a camisola branca que é a nossa imagem de marca.
A identidade num clube desportivo não é questão menor e a camisola branca é parte essencial da nossa.
Já sei que a responsabilidade é dos "estilistas" da Liga mas há que lhes fazer frente em defesa do que entendemos ser importante para nós.
E um dérbi com o Braga não se joga com equipamento alternativo!
A segunda é também sobre equipamentos mas desta vez do trio de arbitragem.
Cujas camisolas na primeira parte se confundiam com a de Bruno Varela mas ao intervalo mudaram para outras parecidas com a de... Kritciuk!
Admira-me que os "estilistas" da Liga não estejam atentos a essas questões.
A terceira, já que falamos de guarda redes, é para destacar a boa exibição de Bruno Varela que com várias excelentes defesas nos evitou uma vergonha ainda maior. No primeiro golo ainda defendeu o primeiro remate mas depois já não conseguiu suster a recarga e no segunda nada podia fazer.
A quarta para salientar as boas exibições dos jovens Dani Silva e Maga que foram consistentemente dos melhores vitorianos provando que o problema não está na média de idades da equipa mas sim no rendimento discreto de alguns jogadores.
A quinta para referir um deles. Bamba. Que não está num bom momento e mistura lances de bom recorte com ingenuidades perigosas para a nossa baliza. Ontem mais suma vez deu mostras de alguma intranquilidade.
A sexta para falar da expulsão de Anderson. Que estava a fazer um bom jogo mas depois viu dois amarelos denecessários ao envolver-se numa picardia com um adversário e ao cair na área num lance em que o árbitro o puniu por simulação. Digamos que não sendo penalti também me pareceu que a punição disciplinar, ainda por cima sendo segundo amarelo, foi excessiva.
Vai fazer falta sábado para o jogo com o Porto.
A sétima para falar das substituições na equipa do Vitória.
A primeira, André Silva por Nélson da Luz, ainda percebi porque com a equipa reduzida a dez unidades a ideia seria aproximar linhas a defender e explorar o contra ataque com um jogador que tem grande capacidade de transporte de bola em velocidade e drible.
A segunda, Jota Silva por Johnston, foi o habitual render de jogadores que actuam na mesma posição com o fito de reforçar a capacidade de contra ataque e é perfeitamente compreensível.
A partir daqui é que não percebi algumas coisas.
Primeiro que com a equipa em inferioridade numérica e o adversário a pressionar só se tenha voltado a mexer na equipa depois do adversário ter marcado e quando faltavam apenas quatro minutos para o final do tempo regulamentar. Foi o quase habitual reagir em vez de agir.
E se percebo a entrada do ponta de lança Safira (Anderson e André Silva já não estavam e faltava no contexto de desvantagem no marcador uma referência na área) não só não percebo que se tenha optado pelo jovem e inexperiente Gonçalo Nogueira da equipa B quando estava no banco um jogador como Rúben Lameiras como ainda percebo menos que no final do jogo se ouçam "justificações" em torno da juventuda da equipa.
A oitava tem a ver com André André.
Que saiu lesionado face ao Rio Ave, em Braga esteve no banco mas não entrou e ontem nem no banco.
Face ao boletim clínico encontra-se lesionado. Esperemos que recupere para sábado.
A nona tem a ver com o boletim clínico propriamente dito. E que ele , sim, é uma atenuante para este resultado de ontem. Porque os cinco jogadores que dele constam são todos médios. André André, Tiago Silva, Matheus Indio , Zé Carlos e Tomás Handel. O que explica que tendo jogado de início Dani Silva e Janvier apenas houvesse como opção no banco o jovem Gonçalo Nogueira em termos de centro campistas. São demasiadas lesões e ainda por cima concentradas em jogadores de meio campo.
A décima tem a ver com o próprio Vitória e a sua SAD.
A 10 de Janeiro de 2022, no rescaldo de uma derrota com o Gil Vicente em Barcelos (2-3 com os golos vitorianos a serem apontados por Nélson da Luz e Marcus Edwards) a actual direcção do Vitória anunciava a sua candidatura às eleições de Março seguinte.
Prometendo um Vitória "mais forte", "mais unido"," mais rigoroso", "mais solidário" , "mais competente" e "muito mais vencedor". Prometendo ainda "mais ambição" e "mais critério nas decisões".
Passado um ano dessas promessas e dez meses em funções ainda não é possível, infelizmente, ver nada disso de forma insofismável. Espero, sinceramente, que tal seja posssível nos dois anos que faltam de mandato.
Mas para isso muita coisa terá de mudar.
E não estou a falar exclusivamente, longe disso , das equipas profissionais de futebol A e B.
A ver vamos...
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