Equipa

É comum dizer-se que em equipa que ganha não se mexe.

Seria um princípio excelente e imutável, a seguir a todo o preço, se todos os jogos fossem iguais e todos os adversários tivessem o mesmo valor e jogassem da mesma maneira.

Não são!

E por isso os treinadores às vezes, mas nem sempre, de jogo para jogo mexem nas equipas mesmo quando vem de triunfos porque a forma de jogar do adversário seguinte e o grau de dificuldade do jogo a isso podem obrigar.

Quero com isto dizer que Fernando Santos deve operar grandes mudanças na equipa que goleou a Suiça?

Nem por sombras.

Agora há que ter consciência que Marrocos tem uma forma de jogar muito diferente, privilegia a defesa baixa e a exploração do contra ataque pelos flancos, não hesita em pôr o autocarro em frente à baliza e dá muito pouco espaço nas zonas centrais do terreno.

E perante isso talvez seja de Fernando Santos pensar em fazer uma ou duas alterações na equipa.

Face ao jogo anterior e às caracteristicas deste há nove jogadores que me parecem imutáveis.

Guarda redes, quarteto defensivo, Bruno Fernandes, Bernardo Silva, João Félix e Gonçalo Ramos.

Depois é uma questão de opção.

Ou mantém o onze, ou opta por dar entrada a mais um avançado com o sacrifício de um centro campista para aumentar a presença nos últimos vinte metros de terreno.

E aí as opções são claras: Ou Ronaldo ao lado de Gonçalo Ramos ou Rafael Leão mais solto a explorar os flancos. Mais remotamente a hipótese de Ricardo Horta ser a opção.

Sacrificando Otávio numa opção mais conservadora mantendo William Carvalho à frente da defesa ou tirando este e mantendo Otávio numa opção de um meio campo mais móvel e dinâmico mas mais permeável a lances de contra ataque.

Amanhã saberemos se as opções do seleccionador passam por aqui ou se são outras.

Depois Falamos.