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sexta-feira, outubro 21, 2022

Despacho

A publicação do despacho do secretário de estado do desporto atribuindo a medalha de honra ao mérito desportivo ao Vitória Sport Clube, conforme o próprio já anunciara na Gala de 22 de Setembro, reabriu algumaas polémicas (completamente desnecessárias) em torno do sucedido nesse evento.
Sobre as vaias e insultos nada mais tenho a acrescentar ao que na altura escrevi.
Reitero apenas que foi uma vergonha e que o prejudicado foi o Vitória.
Sobre os convites para a Gala e o aparecerem algumas pessoas a criticar que o clube tivesse convidado  determinadas figuras institucionais há que dizer o seguinte.
Quando se realiza um evento desta natureza há um protocolo a cumprir e regras institucionais a seguir porque o Vitória não é um clube de vão de escada mas sim uma instituição centenária, com um lugar de destaque no nosso desporto, que se honra de saber estar e de saber receber.
E por isso sendo muito respeitáveis os gostos pessoais de cada um  a verdade é que não interessam para rigorosamente nada face ao que são os deveres a cumprir do clube.
E naturalmente que para uma Gala em que pretendia assinalar o seu Centenário fez todo o sentido convidar o Governo, a Câmara Municipal e todas as Federações desportivas com modalidades praticadas pelo clube.
Aliás, e isto para relembrar aos mais distraídos, todas essas federações fazem parte da Comissão de Honra do Centenário para o que foram atempadamente convidadas.
Todas!
No caso da LPFP, e dado que o clube tem posição accionista maioritária numa SAD que gere o futebol profissional, foi em devido tempo tomada a decisão de também convidar a Liga para a Comissão de Honra.
O que não lhe dava, contudo, direito a qualquer destaque protocolar acima dos restantes membros da Comissão de Honra como infelizmente resultou de um discurso.
Repito, portanto, que Governo, Câmara, Federações e Liga todos foram convidados para a Gala e lá estiveram na condição de convidados do Vitória Sport Clube como não podia deixar de ser pelo menos para aqueles que sabem como as coisas devem ser feitas.
E o clube, felizmente, sabe!
Pode discutir-se, isso sim mas ninguém o fez, se numa Gala que comemora o Centenário de uma instituição com a relevância desportiva, social e comunitária do Vitória o governo não devia ter-se feito representar por alguém hierarquicamente superior como o ministro da tutela ou o próprio primeiro ministro sem com isto desvalorizar a presença do secretário de estado do desporto.
Ou se tendo o Vitória tido a honra de receber o então Presidente da República, Jorge Sampaio, nas comemorações dos seus 75 anos para inaugurar o Complexo Desportivo António Pimenta Machado e o Pavilhão do Vitória Sport Clube não deveria o actual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter adoptado um comportamente absolutamente diverso da total indiferença patenteada quando a mesma instituição completava o seu Centenário.
E não foi por falta de convites diga-se de passagem.
Estas eram as questões que deviam ter merecido a reflexão crítíca e o comentário assertivo dos que preferiram criticar quem fez o favôr de estar presente em vez de se interrogarem sobre as ausências de quem devia ter estado.
Depois Falamos.

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