Bombos

Foi Jaime Pacheco quem um dia disse que quando não se pode tocar violino toca-se bombo querendo com isso dizer que quando não se pode ganhar dando espectáculo então ganha-se na base da entrega, do esforço e do sacrifício. 

Foi assim que o Vitória ganhou hoje em Paços de Ferreira. 

Nunca tocou violino ( duvido até que esta equipa o consiga fazer tão cedo porque a fase de construção ainda está longe disso) mas foi inexcedível na forma como tocou bombo especialmente depois da expulsão de André Amaro que a obrigou a jogar quase toda a segunda parte em inferioridade numérica. E com um trio de centrais extremamente eficaz (Tounkara voltou a entrar muito bem) e uma exibição plena de sabedoria de André André o Vitória soube aguentar a pressão do adversário e manter as redes invioláveis embora tenha espaçado os lances de ataque durante o segundo período. 

Há que dizer , também, que Moreno mexeu bem na equipa quer com a saída de Lameiras para entrada forçada de Tounkara quer nas restantes substituiçoes o que ajudou a equipa a manter a sua organização e a não abrir brechar que pudessem comprometer o resultado. 

Mais três pontos, importantes, mas igualmente a sensação de que a equipa ofensivamente tem de render mais. 

Nuno Almeida fez um trabalho sem margem para reparos. 

Fosse ele assim em todos os jogos.

Depois Falamos.