Já salientei noutros textos a importância que a formação tem para o Vitória e o importante contributo que tem dado à primeira equipa ao longo dos anos e muito em especial desde que foram criadas a equipa B e depois a de sub 23.
No presente campeonato essa característica continua presente, e tende até a acentuar-se, o que bem se comprova com o facto de o Vitória nestas primeiras jornadas ser a equipa com a média de idades mais baixa de toda a competição.
Nos últimos jogos tem sido titulares cinco jogadores oriundos da formação (André Almeida, André Amaro, Maga, Hélder Sá e Bamba) ficando no banco outros como Dani Silva, Celton Biai e Janvier que também vieram da formação ou pelo menos das equipas B e de sub 23.
No quarteto defensivo, por exemplo, estão três jogadores que fizeram quase toda a sua formação no Vitória, para onde vieram muito jovens, como são os casos de Helder Sá, Maga e André Amaro.
E é precisamente sobre este último que escrevo agora.
Que se estreou muito jovem na primeira equipa, em 2020/2021 fazendo 12 jogos e um golo, e na época passada se dividiu entre as equipas A (nove jogos) e B (11) num processo de crescimento e maturação bem conduzido.
Esta época com a continuidade de Mumin e Jorge Fernandes e a chegada de Mikel Villanueva e Maxwell Woledzi parecia que o seu futuro de curto prazo não passaria pelo Vitória (falou-se de um empréstimo e até de possível transferência) mas soube aproveitar as oportunidades e tornou-se titular indiscutível.
No primeiro jogo oficial , em casa frente ao Puskas, ficou no banco mas substituiu o lesionado Jorge Fernandes ao intervalo mantendo-se na equipa no jogo na Hungria onde esteve em bom plano.
Voltou ao banco em Split mas a partir daí foi sempre titular e sempre com exibições extremamente positivas como em Portimão onde não teve responsabilidade nos golos sofridos e ainda fez os dois remates mais perigosos da equipa depois do golo de Jota Silva.
Aos vinte anos, muito jovem ainda, André Amaro é já um central de muito boa categoria e com uma margem de progressão enorme que o poderá catapultar para patamares muito interessantes e para campeonatos bem melhores que o nosso.
Mas tem apenas vinte anos.
E joga numa posição em que em termos de selecção não há a abundância de outros tempos.
Tem já o seu percurso nas selecções jovens.
Ou seja tudo aconselha que o Vitória saiba gerir muito bem o seu percurso desportivo e tenha a paciência necessária à sua melhor rentabilização financeira.
Com contrato até 2026 não pode haver pressa nenhuma de rigorosamente nada.
Depois Falamos.
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