Este é daqueles jogos que se pode analisar por dois prismas; o do copo meio cheio e o do copo meio vazio.
O do copo meio cheio diz-nos que o Vitória entrou em campo a vencer por 3-0 e sabendo que tinha pela frente um adversário tão modesto que só em circunstâncias muito excepcionais poderia almejar a uma reviravolta que seria absolutamente surpreendente.
E por isso limitou-se a gerir o jogo, a manter o adversário longe da baliza de Bruno Varela e a ir espreitando a possibilidade de num contra ataque aumentar a vantagem que já trazia de Guimarães.
Assim decorreram os 90 minutos sem grande história e conforme o tempo ia passando o Vitória foi-se acomodando à ideia de que "já estava" enquanto o Puskas se foi conformando com a certeza de que "já era".
Em suma objectivo cumprido e venha o próximo.
O do copo meio vazio é que é mais chato.
Porque frente a um adversário muito fraco e que não apresentou nada de novo em relação ao jogo de Guimarães o Vitória em vez de impor a sua superior qualidade, e ir em busca de um quase obrigatório triunfo, nivelou-se por baixo e fez uma exibição tão mas tão discreta que chegou a parecer uma equipa do mesmo nível do adversário.
Bem a defender ( mas perante aquele adversário também não era difícil) mas uma equipa desligada entre os sectores, com o meio campo a não conseguir pegar no jogo e não conseguindo construir jogadas de ataque com a qualidade e a objectividade que o talento dos seus jogadores permitir supor como possíveis.
A única razão para satisfação reside mesmo na passagem à terceira pré eliminatória, e nas boas exibições de André Amaro, Tiago Silva e Mumin, porque a equipa deixa não só algumas interrogações sobre como reagirá frente a um adversário mais forte (e no nosso campeonato são quase todos mais fortes que este Puskas) como deixa certeza que os hoje impedidos André Almeida, Janvier , Jorge Fernandes, Handel e Bruno Gaspar são essenciais para transmitir ao plantel a qualidade na quantidade que manifestamente é necessária.
Não sei é se chegam.
E se o objectivo está cumprido e venha o próximo , como na tese do copo meio cheio, é inegável que o próximo é uma equipa muito mais forte que estes húngaros.
Pelo que frente ao Hadjuk Split temos de ser bem melhores do que fomos nesta segunda pré eliminatória sob pena de terminarmos daqui a duas semanas a nossa participação europeia desta época.
Depois Falamos.
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