Ainda falta uma jornada para terminar o campeonato mas o Porto já assegurou o titulo de campeão e embora matematicamente apenas nesta trigésima terceira jornada o tivesse feito já de há muito se percebera que ele não lhe escaparia.
Creio ser um triunfo justo daquela que foi a equipa mais regular da prova e que fez dessa regularidade a arma fundamental para se superiorizar ao Sporting, o único adversário que em boa verdade lhe fez frente, que com ele discutiu o título até ao fim.
Ao contrário do que se vê por aí, até de gente que devia ter mais juízo, não vou entrar por discussões e polémicas sobre árbitros e arbitragens tão do agrado daqueles que perderam como forma de justificarem os insucessos e os rotundos falhanços dos seus clubes.
Até porque quando ganham não os ouço justificarem os triunfos com os mesmos argumentos que agora usam para desvalorizarem o adversário embora o "modus operandi" seja exactamente o mesmo.
Prefiro destacar neste trigésimo campeonato do Porto o enorme mérito de Sérgio Conceição ao ponto de considerar que é um triunfo de autor porque o papel do treinador foi absolutamente determinante na conquista do título.
Há quem goste de Sérgio Conceição há quem não goste e gostos não se discutem.
Pessoalmente acho-o um excelente treinador.
Tem um feitio difícil, é polémico e agressivo, ás vezes passa as marcas do bom senso mas a verdade é que os números falam por ele.
Em cinco anos à frente do Porto acaba de ganhar o terceiro título, vai a caminho da segunda taça de Portugal ( como vitoriano espero que sim) e tem duas supertaças o que não sendo em condições normais números espectaculares, face à hegemonia do Porto nas últimas décadas, tem de merecer particular destaque por serem conseguidos em ciscunstâncias complexas e difíceis.
Nestes cinco anos SC teve o Porto em pior situação financeira de sempre, fruto de uma gestão impossível de perceber e aceitar, o que ao contrário do que aconteceu com antecessores seus que tinham ao dispor grandes e valiosos plantéis o obrigou a trabalhar com muita "prata" da casa e a socorrer-se quase só do mercado interno por força da impossibilidade de poder comprar noutros mercados ao contrário do Benfica que gastou mais de cem milhões de euros em reforços para ficar a dezassete pontos de distância.
Mas não só.
Porque essas dificuldades financeiras ainda o obrigaram a ver-se privado em Janeiro de jogadores tão importantes como Luis Diaz, Corona e Sérgio Oliveira sendo que o colombiano era de longe o melhor jogador do plantel tal como o mexicano o tinha sido em anos anteriores.
Mas mesmo assim o Porto foi campeão e isso deve-se em grande parte ao trabalho do seu treinador.
Por isso falo num triunfo de autor.
E não sendo a questão do titulo uma questão que me interesse por aí além, enquanto o Vitória não andar envolvido nessa luta, acho ainda assim que se deve destacar o mérito de quem o tem.
E Sérgio Conceição tem muito.
Depois Falamos.
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