Embora na vida exista sempre lugar para o sonho devo dizer que prefiro andar com os pés bem assentes na na terra e privilegiar os factos em detrimentos das suposições , conjecturas ou desejos artificialmente transformados em realidades.
E por isso devo dizer que foi com alguma bonomia mesclada com estupefacção que assisti a alguns vitorianos assiduos nas redes sociais a quererem convencer os seus leitores que a simples mudança directiva de 5 de Março tinha contribuido decisisivamente para que as prestações, resultados e até exibições da primeira equipa do Vitória tenham melhorado substancialmente.
Era bom, todos o desejávamos, mas não é verdade.
E para isso nada como comparar os cinco jogos depois das eleições como os mesmos jogos disputados na primeira volta face aos mesmos adversários.
Na primeira volta ganhamos em Famalicão por 2-1, vencemos em casa o Marítimo por 2-1, perdemos em Alvalade por 0-1, vencemos em casa o Moreirense por 2-1 e perdemos no Dragão por 1-2.
Cinco jogos, três vitórias e duas derrotas, 6 golos marcados e cinco sofridos, nove pontos conquistados.
Na segunda volta, já depois das eleições, os resultados foram estes:
Ganhamos em casa ao Famalicão por 2-1, vencemos na Madeira por 1-0, perdemos em casa com o Sporting por 1-3, vencemos em Moreira de Cónegos por 1-0 e perdemos em casa por 0-1 com o Porto.
Cinco jogos, três vitórias e duas derrotas, cinco golos marcados e cinco sofridos, nove pontos conquistados.
Ou seja exactamente os mesmos resultados perante os mesmos adversários, os mesmos pontos conquistados, os mesmos golos sofridos e menos um marcado.
São factos.
Que contradizem por completo essas opiniões tão imaginativas mas sem suporte na realidade.
Tal como sempre disse, especialmente antes das eleições no programa "4àGRANDE", o resultado final desta época desportiva em termos de primeira equipa do Vitória será da inteira responsabilidade da anterior SAD, do treinador e dos jogadores.
Se formos à Europa o mérito é deles.
Se não formos deles é a culpa.
Não seria justo, fosse qual fosse o prisma de avaliação, responsabilizar a actual administração pelo sucesso ou insucesso de uma época desportiva em cuja planificação não tiveram qualquer responsabilidade e sabendo-se que quando foram eleitos o mercado estava há muito fechado pelo que não lhes foi possível qualquer intervenção no reforço da equipa.
Aceito, no plano das teorias especulativas tão ao gosto de alguns, que me digam que com a actual administração desde o início da época poderíamos ter o quinto lugar já garantido ou até estarmos envolvidos na luta pelo quarto.
Nunca o saberemos.
Mas na próxima época já poderemos ficar com uma ideia mais precisa sobre o assunto.
Depois Falamos.
P.S. Hoje jogamos em casa com o Paços de Ferreira. Na primeira volta vencemos pelo que o raciocínio expresso, de absoluta igualdade de resultados, apenas poderá ser igualado se hoje voltarmos a vencer como todos desejamos que aconteça.
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