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quarta-feira, março 23, 2022

Sugestão de Leitura

Este livro é de 2018 mas mantém-se não só actual como ganha um redobrado interesse face à invasão da Ucrânia pela Rússia de Putin e ao que teria sido a (não) reacção dos EUA se Trump se mantivesse na presidência.
Michael Isikoff e David Corn são dois dos mais prestigiados jornalistas norte americanos, com passagem pelos mais prestigiados orgãos de comunicação dos Estados Unidos (do New Iork Times ao Washington Post passando pela CNN e NBC entre outros) e nesta obra de investigação mostram o que foi a interferência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016 favorecendo Donald Trump contra Hillary Clinton e contribuindo para a vitória do controverso personagem que Joe Biden derrotaria quatro anos depois.
Mas é mais do que isso.
É também a narrativa das complexas relações de Trump com a Rússia, dos negócios que as suas empresas tentaram fazer com o regime de Putin, das ligações entre apoiantes próximos de Trump (alguns dos quais viriam a integrar o seu governo) com altas personalidade da oligarquia russa, da forma como o KGB recolheu materiais altamente sensíveis e susceptíveis de serem usados para chantagear Trump.
E tudo isso ajuda a perceber os constantes elogios de Trump a Putin, a vontade anunciada por Trump de os EUA não cumprirem alguns dos seus compromissos com a NATO ( e como Putin gostaria agora que Trump ainda fosse presidente), a persistente recusa de Trump a reconhecer a interferência russa nas eleições americanas que o levou a conflitos graves com os próprios serviços de segurança do seu país a começar pelo FBI.
É um livro excelente que ajuda bem a perceber o mundo de hoje.
Que deve ser lido por todos quantos se preocupam com a grave situação que o mundo vive e muito em especial por alguns "viúvos" e algumas "viúvas" de Trump que andam por aí a apregoarem que com ele a presidente a Rússia não teria invadido a Ucrânia!!!
A presidência de Joe Biden não tem sido um sucesso, é verdade, mas mil vezes ele na Casa Branca do que alguém que não passa de uma marionete de Putin como este livro bem demonstra.
Depois Falamos.

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