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segunda-feira, dezembro 13, 2021

Inaceitável

"É preciso não ter noção" Marcelo responde a crítica de Rio sobre a detenção de Rendeiro

A posição de Rui Rio sobre o timing de detenção do foragido João Rendeiro é polémica, discutível, poventura injusta e contrária ao que a maioria das pessoas pensa sobre o assunto.
Mas Rio não só tem o direito de pensar diferente (e fá-lo com alguma frequência)como tem o inalienável direito de exprimir a sua opinião.
Se ela favorece ou não os intuitos eleitorais do PSD é problema dele e dos militantes do partido e de mais ninguém.
E embora não esteja completamente de acordo com Rui Rio a verdade é que reflectindo sobre as suas palavras e essencialmente sobre o enorme "circo" montado em torno da detenção (porque quanto a extradição o assunto terá pano para mangas), muito em especial pelo "road tv" do director da PJ, elas são capazes de não serem tão distantes da realidade como à primeira vista parecem. 
Sendo ou não, e isso apenas o futuro o dirá, uma coisa é certa e quanto a ela não tenho a mínima dúvida: É completamente inaceitável a forma como o Presidente da República se pronunciou sobre as declarações de Rui Rio.
Repito, inaceitável! 
Em primeiro lugar porque o PR não tem que se meter onde não é chamado (infelizmente Marcelo fá-lo quase todos os dias a propósito de quase tudo) e muito em especial em tomadas de posição de um líder partidário sobre um assunto que nada tem a ver com a presidência da república. 
Todos os líderes partidários comentaram a detenção do foragido, como é normal e ainda por cima em tempos de pré campanha, mas MRS apenas criticou Rio o que viola o dever de isenção a que o PR está obrigado por lei fazendo dele jogador num palco em que devia ser apenas árbitro.
Em segundo lugar porque à inaceitável crítica se juntou a dureza e o quase acinte com que o PR a fez e que nunca se viu empregar em relação a António Costa e ao governo e não foi seguramente por falta de razões bem mais graves para o país do que a opinião de Rui Rio sobre a detenção de Rendeiro.
Mais uma vez, e já são tantas, há que considerar a actuação do Presidente da República como absolutamente lamentável.
Depois Falamos.

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