Penso que o Presidente da República fez bem em marcar as eleições legislativas antecipadas para a data de 30 de Janeiro.
E não creio que o tenha feito , pelo menos como motivação principal, para permitir ao PSD arrumar a casa com directas para a escolha de líder e congresso mas sim porque o bom senso para isso apontava de forma muito clara.
Face á situação política criada pelo chumbo do O.E. (uma situação normal em democracia) e ao divórcio do "trio amoroso" que sustentara desde 2015 um governo contra natura que apenas terá durado o que durou porque na sua constituição o então PR, Aníbal Cavaco Silva, avaliando bem as "peças" que tinha pela frente lhes exigiu um acordo escrito, é perfeitamente perceptível que a campanha eleitoral tem de ser o mais esclarecedora possível.
E isso era incompatível fazendo-a de alguma forma coincidir com a quadra natalícia.
Porque é habitual, nas semanas anteriores ao período eleitoral propriamente dito , realizarem-se os debates entre os lideres partidários ficando a quinzena anterior ás eleições para as tradicionais acções de campanha pelo que realizar as eleições antes de 30 de Janeiro atiraria com a pré campanha e os debates para o Natal o que seria completamente inconcebível.
E por isso o Presidente fez bem em resistir às pressões em volta da marcação para 16 de Janeiro e marcou as eleições para uma data que pode não servir os interesses particulares ( e mesquinhos já agora) de alguns partidos e alguns líderes mas serve o país.
E é isso que se espera de um Presidente da República.
Depois Falamos.
P.S. O facto de a 30 de Janeiro o PSD ir a votos com a casa arrumada, seja com Rio seja com Rangel, também serve o país. Porque permite ao maior partido da oposição ir a jogo com armas idênticas aos restantes partidos. E Portugal bem precisa de uma alternativa forte a este estado de coisas a que a esquerda o levou.
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