Ditadura?

Nós (quase) todos) vulgares utilizadores das redes sociais ,numa perspectiva de socializar  e exercer o direito à opinião, não temos por vezes a noção mínima do poder tentacular e totalitário que está por detrás de algumas dessas redes mais utilizadas.

Claro que já todos soubemos ou experimentamos (para já ainda estou pela primeira hipótese mas já não digo nada...) daquelas suspensões de murais e páginas por determinado período de tempo dado que na ilustre opinião dos "Big Brother" que superintendem a essas redes teremos violado uns quaisquer padrões que eles definiram e que quase ninguém conhece.

Curiosamente para a publicidade exaustiva, para as páginas de encontros e para outras bem dispensáveis não há notícia de que esses padrões sejam aplicados com a mesma severidade com que por vezes são usados contra o simples expressar de uma opinião.

A página " Economia do Golo" foi a última e escandalosa vitíma dos "Big Brother".

Página de informação e opinião desportiva ,com milhares de seguidores e elevada participação em termos de comentários aos seus artigos, nunca insultou, nunca ofendeu, nunca ultrapassou qualquer limite de bom senso e de boa educação constituindo-se como uma das melhores páginas desportivas que se podia encontrar no Facebook.

Na semana passada, e sempre no intuito de informar os seus muitos leitores, a página descarregou um video de um site do Médio Oriente, salvo erro, com imagens de um jogo entre duas selecções europeias naquilo que de facto era apenas e só o veicular de uma notícia.

Matéria em que, apesar de feita de forma amadora nos tempos livres do seu autor , muitas vezes conseguia adiantar-se a sites especializados e à própria imprensa desportiva mostrando que entre uma página amadora e amadorismo ainda vai uma certa diferença.

A verdade é que a descarga desse vídeo levou a que alguém denunciasse o assunto à UEFA e esta , pouca amiga de procedimentos e atitudes democráticas como se sabe, queixou-se ao Facebook que prontamente apagou a pagina "Economia do Golo" sem qualquer respeito pelo seu autor e pelos milhares de seguidores.

E sem dar ao Vasco Rodrigues (o autor) o direito de defesa que é o procedimento normal, num Estado de direito, perante quem é acusado seja do que for.

Mas o Facebook não é um Estado de direito!

É uma organização privada, com actuações totalitárias onde o "posso, quero e mando" assentou arraiais e leva a este tipo de procedimentos.

É certo que só está no Facebook quem quer.

Mas quem está, e dá muito dinheiro a ganhar à empresa, devia ter direitos mínimos protegidos por lei que o pusessem ao abrigo de situações como esta.

Depois Falamos.

P.S. Como vou publicar este texto no Facebook fico logo saberei se o "Big Brother" está atento...