Os mais novos não saberão o que isto é e , provavelmente, nunca terão ouvido falar do assunto que de alguma forma se foi perdendo nas brumas do tempo.
Os da minha geração e de gerações anteriores sabem bem do que se trata.
Em 1975, em pleno desvario do PREC quando forças de esquerda e extrema esquerda sonhavam em instaurar em Portugal um regime ditatorial marxista-leninista, existia um aestrutura militar chamada COPCON que tinha amplas (era o tempo delas...) prerrogativas na sua actuação sendo uma espécie de guarda avançada da revolução que a extrema esquerda queria levar a cabo.
Entre essas prerrogativas, apenas possíveis num país em agitação revolucionária e onde o Estado de Direito era uma miragem, estava a de emitir mandados de captura sobre todos aqueles que fossem suspeitos de ligações ao regime derrubado e/ou de conspirarem contra o 25 de Abril e o MFA.
Claro que os militares do COPCON, todos eles afectos a essa extrema esquerda totalitária, não tinham pejo em sob o argumento de desvios contra revolucionários prenderem todos aqueles que fazendo parte de partidos democráticos fossem vistos como estorvo para esses desvarios revolucionários.
Muitos desses mandados de captura foram assinados em branco e usados para deter pessoas e as manter presas sem mandato judicial, sem culpa formada, sem crimes cometidos e apenas e só por não serem afectos a esses adeptos do totalitarismo.
Foram muitos aqueles que foram vítimas desses brutais abusos de poder.
Muitas vezes detidos a altas horas da noite, com as casas invadidas por militares do COPCON e civis militantes da extrema esquerda, levados para a prisão e lá mantidos pelo tempo que apetecesse a quem os tinha prendido.
Esses mandados em branco, completamente contrários a tudo que é Justiça e Direito e apenas concebíveis em estados totalitários como aqueles em que se inspiravam os autores dessas atrocidades, eram assinados pelo então comandante do COPCON.
Otelo Saraiva de Carvalho.
Esse a quem hoje a esquerda herdeira dos totalitários desses tempos e os habituais socialistas "idiotas úteis do regime" queriam que fosse dedicado um dia de luto nacional.
Felizmente quem decide não foi por esse caminho que, isso sim, seria uma verdadeira vergonha nacional.
Ao menos isso.
Depois Falamos.
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