Itália

Não foi um bom domingo para os países que disputavam em casa finais de competições a nível de selecções.

Depois de o Brasil perder no Maracanã com a Argentina a final da Copa América também a Inglaterra perdeu em Wembley a final do Euro 2020 face à Itália naquilo que foi a quarta vitória consecutiva de uma equipa latina em finais de Europeu o que não deixa de ter um claro significado quanto ao valor do futebol do sul da Europa.

Depois da Espanha em 2008 e 2012 e de Portugal em 2016 foi hoje a vez da Itália.

Devo dizer que vi o jogo sem qualquer interesse particular quanto ao vencedor, passando assim ao lado de uma curiosa simpatia pró italiana bem vísível nas redes sociais, e penso que a Itália mereceu ganhar tal como a Inglaterra mereceria se tivesse sido mais competente nas grandes penalidades.

Mas Gary Southgate (não sei se Fernando Santos em inglês se escreve assim...) fez tantas asneiras neste jogo, desde o onze inicial às substituições passando por mandar um miúdo de 19 anos marcar o quinto penalti e deixar no banco até ao prolongamento jogadores com o talento de Grealish e Rashford (meter este a um minuto do fim é um crime lesa futebol) que ele sim bem mereceu perder a final.

Não foi um grande jogo mas foi um bom jogo, digno de uma final, em que a Itália em desvantagem desde o início se viu obrigada a correr atrás do prejuízo enquanto a Inglaterra quase prescindiu de procurar o segundo golo o que lhe veio a sair muito caro.

Parabéns aos vencedores, honra aos vencidos e a satisfação final de ver Cristiano Ronaldo aos 36 anos sagrar-se como melhor marcador desta competição.

Mais um marco importante numa carreira absolutamente incomparável.

Depois Falamos.