A vitória sobre a Hungria foi justa, foi concludente, teve uma expressao que correspondeu ao intenso domínio da selecção nacional mas deixou no ar algumas interrogações que se espera sejam desfeitas no jogo com a Alemanha do próximo sábado.
Porque sendo verdade tudo que atrás se disse é igualmente verdade que Portugal apenas fez o primeiro golo num período já muito adiantado da partida (aos 84 minutos) , depois de ter desperdiçado algumas boas oportunidades onde o mérito do guarda redes húngaro não foi questão menor, quando já se receava que o empate acabasse por ser o desfecho final.
E esse sofrimento apenas aconteceu, do meu ponto de vista, porque Portugal entrou com uma equipa muito conservadora, privilegiando a segurança defensiva, com a utilização de dois trincos (para quê?) e uma linha de três homens atrás de Ronaldo dos quais apenas Diogo Jota fez uma exibição a destacar especialmente no primeiro periodo.
E pese embora o nulo no marcador a verdade é que o treinador demorou uma eternidade a mexer na equipa (primeira substituição aos 71 minutos !!!) e quando o fez trocou Bernardo Silva por Rafa não alterando rigorosamente nada em termos de forma de jogar mantendo Ronaldo sozinha na área e não perturbando a organização defensiva dos magiares.
Porquê?
Ele lá saberá.
Como saberá porque razão demorou mais dez minutos a mexer, agora sim, na equipa e no sistema táctico metendo Renato Sanches que deu cabo do meio campo adversário e André Silva que criou os espaços que Ronaldo até então não tinha tido.
E Portugal teve então dez minutos finais em que fez três golos, muito por força da tal dinâmica de Renato, dos espaços de André e das assistências de Rafa que tinha entrado mal mas acabou muito bem com dois passes para golo e sofrendo o penalti que deu outro.
Ainda entraria Moutinho (ficou uma substituição por fazer vá-se lá saber porquê sabendo-se que seria motivador para qualquer jogador estrear-se no Europeu...) mas o resultado estava feito e Portugal estreava-se no Europeu da melhor forma.
Mas deixando no ar as tais interrogações atrás referidas:
Porquê aquele "onze" inicial tão defensivo, porquê tanto tempo para mexer no sistema de jogo, porque razão não se fizeram todas as substituições aproveitando para motiva rmais um jogador.
Venha a Alemanha.
Depois Falamos.
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