Foi um jogo entretido, como diria mestre Quinito, aquele em que o campeão da Europa e o campeão do mundo conseguiram o apuramento para os oitavos de final deste insólito europeu, disputado em doze cidades, empatando o jogo disputado entre si.
Tal como noutras oportunidades tenho criticado Fernando Santos devo hoje dizer que as mudanças efectuadas no "onze" foram correctas com Moutinho a dar a capacidade de passe e de temporização do jogo e Renato Sanches a dinâmica e a capacidade de explosão ofensiva que tinham faltado noutras ocasiões.
Portugal adiantou-se no marcador com um penalti bem transformado por Ronaldo, a França empatou num penalti bem rematado por Benzema mas mal assinalado e na primeira parte apenas destaque para uma boa defesa de Rui Patrício a remate perigoso de Mbappé enquanto a equipa portuguesa foi mais rematadora mas menos perigosa.
A segunda parte começou, praticamente, com o segundo golo francês que conjugado com o resultado em Munique ameaçava pôr a selecção nacional fora de prova mas Portugal reagiu bem e chegou a nova igualdade noutro penalti bem transformado por Ronaldo.
Daí até ao fim destaque apenas para duas grandes defesas de Rui Patrício (uma delas verdadeiramente espantosa) a negar o golo a Pogba e Griezman e para uma subida de Ronaldo ao "terceiro andar" mas cabeceando ao lado.
Nos minutos finais, e sabendo da igualdade entre Alemanha e Hungria, as duas equipas limitaram-se a gerir um resultado que interessava a ambas e o jogo transformou-se numa troca de bola a meio campo ora pelos franceses ora pelos portugueses sem aproximações às balizas embora nos instantes finais Coman tenha caído na área portuguesa deixando suspeitas de poder ter existido falta para grande penalidade.
Em termos individuais há que registar a boa exibição de Renato Sanches, os dois golos de Ronaldo que lhe permitiram igualar o recorde de Ali Daei e ficar a um solitário golo de ser recordista absoluta e as três defesas de Rui Patrício decisivas para manter o empate final.
Destaque ainda para Palhinha , que entrou ao intervalo para o lugar de Danilo, autor de uma bela exibição a reivindicar titularidade no próximo jogo e a estreia no europeu e na selecção A de Diogo Dalot que semanas atrás tinha disputado a fae final do europeu de sub 21.
Era o "grupo da morte" com o campeão europeu e os dois últimos campeões do mundo e quis o destino que os três se apurassem à custa de uma Hungria que foi claramente batida por Portugal mas empatou com França e Alemanha deixando antever o regresso do futebol magiar a um tempo já distante em que era dos melhores do mundo.
Agora a Bélgica.
Um adversário muito difícil que no domingo, em Sevilha, exigirá o melhor Portugal para podermos seguir para os quartos de final.
Depois Falamos.
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