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sexta-feira, abril 23, 2021

Natural

 Foto: zerozero.pt
Não há muito a dizer, nem apetece dizer muito, sobre este Porto-Vitória que terminou com triunfo escasso dos "dragões" face ao que foi a crua realidade do jogo.
Um Vitória que entrou novamente com um 5-2-3 com que não se sente bem mas conseguindo nos primeiros dez minutos criar dois lances de perigo através de Edwards mas sem chegar ao golo e que foram os seus únicos lances de ataque de toda a primeira parte.
Depois o Porto assenhoreou-se totalmente do controle do jogo mas a defensiva vitoriana conseguiu controlar as várias situações ofensivas (cabe aqui dizer que André Amaro se está a fazer um excelente central) e quando assim não era lá estava Bruno Varela em excelente plano a negar o golo ao Porto com defesas de categoria.
Ao intervalo o 0-0 era lisonjeiro para o Vitória mas premiava o acerto da equipa a defender.
Logo no início do segundo tempo esse acerto, via Mumin, evaporou-se e o central vitoriano ofereceu o golo a Marega perdendo a bola num lance em que teve tempo para tudo, desde atirar para fora a atrasar a bola para o seu guarda redes, mas foi tão lento que o maliano aproveitou.
Mesmo a perder o Vitória continuou a ser pouco ousado e as várias tentativas de ataque que fez esbarraram numa defesa portista segura e que não teve grande trabalho para se opôr aos jogadores vitorianos.
Esperava-se que do banco viessem alterações que dessem á equipa um cariz mais ofensivo e lhe permitissem, pelo menos, rematar à baliza de um tranquilo Marchesin algo que não tinha feito na primeira parte.
A verdade é que Bino demorou quinze minutos a mexer na equipa e quando o fez foi para tirar Edwards (como é que a perder se tira o jogador mais talentoso e aquele que num lance de inspiração pode fazer um golo?) e Rochinha (???) os dois extremos e metendo Rúbem Lameiras e André Almeida naquilo que foi trocar um extremo por outro e tirar um extremo e meter um médio povoando o meio campo e diminuindo às unidades ofensivas.
E se é verdade que ambos entraram bem é igualmente verdade que a equipa embora mais projectada para a frente,  muito por mérito do envolvimento ofensivo de Sacko e Mensah,continuou ineficaz com  Estupiñan emparedado entre Pepe e Mbemba sem um único cruzamento ou passe que lhe permitisse visar a baliza.
Aos 72 minutos(!!!) num livre de Pepelu o Vitória fez o seu único remate à baliza e a dez minutos do fim o treinador vitoriano fez mais duas substituições tirando André André e metendo Mikel (que entrou bem dando a ideia de que até podia ter sido titular) e tirando Estupiñan para meter Holm outra substituição inexplicável porque no que se pensava ser o assalto final à baliza portista prescindir do goleador da equipa para meter um jogador que não fez até hoje um único golo não pareceu muito sensato.
Depois ainda viria a trocar Pepelu por Janvier mas obviamente que sem qualquer efeito.
Em suma uma derrota justa, que até podia ter sido por números maiores, e uma exibição que teve aspectos positivos a defender mas que foi quase deprimente em termos de ataque muito por força de um esquema táctico a que a equipa não está habituada e a que dificilmente se habituará nos seis jogos que faltam.
Felizmente que Santa Clara e Moreirense se atrasaram mutuamente mas a luta pelo sexto lugar vai ser árdua e "exige" que na próxima jornada o Vitória vença em casa do Nacional (que está aflito e vem de quatro derrotas esperando-se que a nossa tendência para dar a mão a quem precisa não se confirme) para manter distâncias para os que vem atrás e não perder totalmente de vista o quinto lugar.
Tiago Martins é um árbitro fraquíssimo e uma vez mais fez prova disso.
Não teve influência no resultado, não cometeu nenhum erro grave, mas foi caseiro favorecendo o Porto numa série de lances e fechando os olhos a faltas de jogadores portistas que deveriam merecer punição técnica e num ou noutro caso também disciplinar.
Mas não foi por ele que perdemos.
Depois Falamos.

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