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domingo, abril 18, 2021

Esperança?

Fui durante muitos anos um fiel espectador das transmissões televisivas das corridas de Fórmula 1.
Desde 1973 quanto me lembro.
Durante muitos anos nas transmissões da RTP com os excelentes comentários de dois verdadeiros especialistas na matéria - Adriano Cerqueira e Domingos Piedade - e depois quando a F1 migrou para a Sport-tv continuei a segui-la com a assiduidade possível com excepção daquelas corridas noutros continentes em que os horários eram incompatíveis com os de vida um português normal.
E ao longo dos anos tive os meus ídolos.
Jackie Stewart foi o primeiro, depois James Hunt e Jody Scheckter, Nélson Piquet e depois o maior de todos -Ayrton Senna- cuja morte em 1994 em Imola deu um rude golpe no meu interesse pela Fórmula 1 e só não acabou com ele porque estava já em plena afirmação o grande Michael Schumacher que me manteve como espectador até ao final da sua carreira.
Depois do seu abandono, aí sim, desinteressei-me da modalidade pese embora ter visto com simpatia os primeiros anos de Sebastian Vettel que venceu quatro mundiais e depois entrou num prolongado ocaso que temo como definitivo.
Entretanto as transmissões migraram para a Eleven e apareceu uma marca e um piloto -Mercedes e Lewis Hamilton- que tiraram todo o interesse às corridas porque tal como no futebol são onze contra onze e no fim ganham os alemães  também na F1 sejam quem forem os competidores no fim ganha a Mercedes e Hamilton.
E por isso deixei de ver Fórmula 1.
Porque saber-se quem ganha sempre tira o interesse a qualquer competição desportiva seja ela qual for.
Ainda por cima quando se percebe que o grande piloto que é Lewis Hamilton corre "sozinho" porque nem tem pilotos à sua altura nem carros que sequer se aproximem dos Mercedes em termos de desempenho e fiabilidade.
Hoje no GP de Emilia Romagna, disputado em Imola, houve a novidade do triunfo de Max Verstappen no Red Bull Honda com uma vantagem significativa em relação ao segundo classificado o que pode parecer uma nova esperança para a F1 trazendo de novo a luta pelos triunfos para fora da esfera Mercedes e a incerteza quanto aos títulos de construtores e condutores.
O problema é que o segundo foi...Lewis Hamilton depois de uma corrida com alguns percalços que o terão impossibilitado de discutir o triunfo.
E por isso falta saber se de facto vai haver maior competitividade ou se na próxima etapa do "circo, a 2 de Maio em Portimão, voltaremos ao habitual dos últimos anos.
A ver vamos.
Depois Falamos.

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