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segunda-feira, abril 12, 2021

Autárquicas (6) Viana do Castelo

A Câmara Municipal de Viana do Castelo tem uma história autárquica tão interessante quanto "sui generis" face ao que tem sido a sucessão de resultados verificados desde as eleições autárquicas de 1976 e que definiram que apenas PS e PSD tenham presidido aos seus destinos.
Nas eleições de 1976 saiu vencedor o PSD que depois, sozinho ou em coligação com o CDS, venceria as quatro autárquicas seguintes afirmando uma hegemonia que apenas teria fim em 1993 quando o PS venceu pela primeira vez e deu início a um longo ciclo de triunfos socialistas que se mantém até à actualidade e que significou sete vitórias do PS.
Perdem-se já nos tempos as razões pelas quais o PSD perdeu a câmara em 1993 mas ainda assim não falta quem recorde que a polémica em torno do nome da cidade, que o edil social democrata desse tempo quis reduzir de Viana do Castelo para apenas Viana, terá pesado bastante na vontade de um eleitorado sensível ao nome centenário da sua terra.
De lá para cá, com Defensor Moura até a lei de limite de mandatos o ter obrigado a sair e depois com José Maria Costa, as eleições autárquicas no concelho de Viana transformaram-se num autêntico passeio para o PS que as venceu com facilidade fosse quem fosse o candidato do PSD.
Nos três últimos actos eleitorais o PSD teve três candidatos (António Carvalho Martins, Eduardo Teixeira e Hermenegildo Costa) com os resultados a piorarem de candidatura para candidatura até atingirem em 2017 o pior resultado de sempre do partido a que também não terão sido alheios as disputas internas entre concelhia, distrital e nacional.
Em 2021 o actual presidente, José Maria Costa, muito provavelmente o pior presidente da História de Viana do Castelo ( o que torna ainda mais incompreensível que tenha sido reeleito por duas vezes) está de saída por limite de mandatos o que significa uma oportunidade de excepção para o PSD reconquistar a câmara.
Deixa um concelho com um potencial tão extraordinário (mar, rio, praia, montanha, gastronomia, acessos, beleza natural, marinas, etc) quanto quase completamente desaproveitado e uma cidade "adormecida" e em perda de  capacidade de captação de investimento e novos habitantes.
Ou seja uma situação "madura" para provocar a mudança.
O PSD, coligado com o CDS, apresenta novamente o deputado Eduardo Teixeira, repetindo a candidatura de 2013, mas com outra experiência e outro gabarito político que lhe permitirão não repetir os erros de 2013 e construir equipas e programas que signifiquem uma nova esperança para os vianenses e lhes façam sentir que vale a pena mudar.
É a sua oportunidade e o seu tempo.
A CDU tentará manter o vereador que reconquistou em 2013 depois de dois mandatos "a seco" enquanto a IL apresenta uma candidatura sem qualquer possibilidade de eleger seja quem for.
Pelo PS o candidato é o vereador Luís Nobre numa candidatura de continuidade que significa mais do mesmo, ou seja, Viana do Castelo continuar a ficar para trás no tempo e a perder as oportunidades e o potencial de desenvolvimento que efectivamente possui.
Viana do Castelo é outra eleição a acompanhar com grande interesse na noite eleitoral.
Porque é uma das capitais de distrito em que o PSD pode recuperar uma câmara ao PS.
Depois Falamos.

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