O direito a criticar e a liberdade de o poder fazer são caracteristícas inalienáveis de uma sociedade democrática e mal ela estará quando isso for posto em causa seja por quem for e seja de que forma for ainda que apenas e só através de certas formas de bullying comunicacional.
Vivemos, porém, num tempo em que a evolução tecnológica permite (e muito bem) que a formulação da crítica em termos mediáticos esteja disponível para toda a gente e com a vantagem adicional de através das redes sociais, dos fóruns na net, das páginas de comentários nos jornais on line e por aí além.
Com o risco, frequentemente ultrapassado, de o imediatismo com que se pode opinar prejudique a reflexão serena, a ponderação dos factos, a análise das questões por todos os prismas e não por aqueles que por saltarem mais rapidamente à vista parecem ser os decisivos para formulação de opinião quando tantas vezes não o são.
Vivemos num tempo de opinião fácil e de crítica constante.
Em que o apontar do dedo é comum, o anátema está sempre à mão, a generalização é usada sem critério, o exercício de qualquer poder legitima desde logo a desconfiança, a suspeição e a crítica arrasadora e sem limites.
Entendo que ainda assim tudo isso, todos esses exageros tantas vezes mesclados de injustiças, são preferíveis a situações em que a crítica não é permitida, o exercício do poder dogmático consagrado pela falta de liberdade, o unanimismo opinativo uma espécie de "religião" oficial.
Ms mesmo em liberdade tem de haver limites.
E já nem falo dos limites legais ,que uma vez transpostos podem dar lugar a processo judicial, mas daqueles limites de que ninguém está dispensado como os do bom senso, da educação, da ética e dos bons costumes.
Hoje usa-se e abusa-se do direito de criticar.
O que origina que muitas vezes em vez de se ajudar a construir, a resolver, a modificar apenas se destrua de forma inconsequente em sem qualquer interesse para aquilo que pretensamente quando se critica se pretende melhorar.
Depois Falamos.
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