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sexta-feira, fevereiro 19, 2021

Cientistas

Em torno do futebol gravitam uns "cientistas" capazes das descobertas e invenções mais bizarras que se possa imaginar.
Decidiram tempos atrás que nos lances de fora de jogo, e contrariamente ao que se fazia desde sempre, o fiscal de linha só deve levantar a bandeirola a sinalizar a infracção no fim da jogada e não no momento em que ela, infracção, é detectada.
Um perfeito disparate.
Porque obriga os jogadores a um esforço desnecessário continuando jogadas que vão ser anuladas, aumenta o risco de lesões na tentativa de fazer golo ou de o evitar, cria ilusões (quando a bola entra) que são desfeitas mas deixam a frustração, provoca a irritação dos espectadores agora televisivos mas um dia de regresso às bancadas e em nada defende o futebol.
Uma perfeita idiotice.
Depois Falamos

4 comentários:

  1. Caro Cirilo, permita-me que discorde apenas num ponto. Pararem logo a jogada permitiria foras de jogo a serem marcados por tudo e por nada. Ou seja, em caso de duvida(e já assim acontece com o VAR) e a favor dos estarolas a bandeirola estaria logo levantada. Parece-me que com estas medidas seja promovida mais a verdade desportiva. Desde que no VAR haja gente séria. Quanto há frustração de golos anulados e tempos de espera, acho que são por um bem maior. Pelo menos quero acreditar nisso. Um abraço.

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  2. Caro osam52:
    Vamos imaginar este caso: Um avançado parte em fora de jogo, isola-se e o defesa sem hipóteses de o desarmar carrega-o à margem das leis provocando-lhe uma lesão grave. O defesa é expulso e o avançado fica meses sem jogar. Tudo por causa de uma jogada que não valeu e que se tivesse sido interrompida no momento da falta não teria as sequelas graves que teve. De resto entre levantar a bandeirola logo ou no fim da jogada se o fiscal de linha quiser prejudicar deliberadamente quem ataca ou quem defende está sempre no seu critério.

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  3. Luís Ferreira11:53 da tarde

    Caro Luís Cirilo;

    A sua resposta ao comentador Osam52 motivou-me a intervir (coisa que cada vez tenho menos vontade de fazer na internet), para lembrar uma algo que anda bastante esquecido: a vida tem riscos e estar no futebol também. Quanto a mim, não faz sentido sacrificar a verdade desportiva possível a uma segurança extrema como a que se depreende do seu exemplo. Deixo-lhe outra situação hipotética: Um Roberto qualquer marca um golo que pode levar o seu clube pela primeira vez à Liga dos Campeões, numa noite de Agosto na Suíça. Há VAR, mas o árbitro auxiliar levantou erradamente a bandeira. Para não aumentarmos infimamente o risco de um Roberto qualquer ser lesionado, um clube vê-se penalizado dessa forma extrema (bem mais grave do que com a lesão de um Roberto que, ao escolher a profissão, saberia os riscos que corria). Do meu ponto de vista, o único problema actual é os árbitros auxiliares ainda poderem levantar a bandeira antes do fim da jogada.

    Quanto à impaciência do público, são uns segundinhos, quando muito, uns minutos, não são meses de vida deitados fora. Com o tempo, fará parte do jogo, tal como as substituições.

    Cumprimentos.

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  4. Caro Luís Ferreira:
    No meu modesto entendimento as faltas devem ser marcadas no momento em que acontecem e não no fim da jogada. Que permite que factores aleatórios se venham a verificar. Quanto aos riscos já se sabe que eles existem no futebol e em qualquer modalidade que pressuponha o contacto físico. Acho é um disparate serem corridos em nome de jogadas que vão ser anuladas. Quanto aos fiscais de linha poderem levantar a bandeira antes do fim da jogada estou de acordo. Se a regra agora é só levantarem no fim então a regra, de que discordo mas é apenas a minha opinião, deve ser seguida em todos os casos. Sem excepção. Infelzimente Portugal é o país das excepções. Das três excepções diria

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