Este boletim de voto, mais do que qualquer discurso, tese ou teoria, demonstra bem o estado a que chegou o Estado português.
Refere-se às eleições presidenciais e dele constam oito nomes quando, como é sabido, só há sete candidaturas (seis para algumas televisões...) a irem a votos de domingo a oito dias.
Então como é possível esta aberração de ter mais candidatos no boletim de voto do que a concorrerem à eleição?
Fácil!
Um brincalhão sem piada chamado Eduardo Baptista entregou o seu processo de "candidatura" com apenas onze das sete mil e quinhentas assinaturas necessárias vindo-se a verificar que das onze apenas seis preenchiam os requisitos legais faltando portanto sete mil quatrocentas e noventa e quatro para poder ir a votos.
Claro que o brincalhão devia ter sido responsabilizado por andar a brincar com coisas sérias mas num Estado que não sabe dar-se ao respeito isso não acontecerá nunca.
Acontece que tendo os sete candidatos verdadeiros e o impostor entregue os seus processos, e sem dar tempo ao Tribunal Constitucional de analisar a conformidade dos documentos, outro brincalhão sem piada mas perigoso face ao cargo que ocupa, chamado Eduardo Cabrita, mandou imediatamente imprimir os boletins de voto com o pretexto de que caso contrário não haveria tempo para os enviar para os circulos da emigração o que não é rigorosamente assim.
E por isso há oito nomes no boletim quando os candidatos são apenas sete.
Mas se isto já indiciava um Estado em mau estado que dizer do facto de dois dos candidatos, Marcelo Rebelo de Sousa e Ana Gomes, aparecerem na primeira versão do boletim apenas com os seus nomes "políticos" (ver foto) e não com os nomes completos como a lei estipula?
Pura incompetência.
Que teve como resultado a impressão de mais uns milhões de boletins (o Zé Povo paga não há problema) para substituir a tal primeira versão errada. Dos quais continua a constar o "candidato" Eduardo Baptista por incrível que pareça!
Depois Falamos.
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