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quinta-feira, janeiro 28, 2021

Antifascismo.


Portugal vive hoje sob dois surtos.
O do covid-19, que é gravíssimo e afecta a saúde e o do antifascismo que é patético e afecta a crença no regular funcionamento dos neurónios de muita gente que por aí anda.
Uns são antifascistas por tradição , outros porque acham que é giro, outros porque lhes disseram que está na moda, outros ainda porque é mais fácil chamar fascista, facho, nazi ou nazista do que pensar em argumentos para combater politicmente aqueles com quem não se concorda, outros porque vivem na ânsia de possuirem regulares atestados de bom comportamento democrático fruto de complexos de esquerda por resolver.
E claro que também há, e não serão poucos, os que nem sabem o que é o fascismo quanto mais o antifascismo mas não querem dar parte de fracos e por isso alinham no coro um pouco como as ovelhas num rebanho.
Basicamente estes antifascistas de convicção recente, comprada numa qualquer loja dos trezentos, são exactamente os mesmos que repudiando todos os males do fascismo ( que são muitos e horrorosos) não tem uma palavra de condenação perante o comunismo que em termos de horror e cadastro é uma ideologia equivalente ao fascismo.
Mas a moda é o antifascismo e por isso eles lá vão,"cantando e rindo", a engrossarem um coro que só não diverte porque é profundamente patético ao ponto de se poder dizer que em Portugal não há fascismo, há poucos e irrelevantes fascistas (e alguns também não sabem o que isso é...), mas no que toca a antifascistas basta dar um pontapé numa pedra que logo saem debaixo dela meia dúzia a rabiarem e com o detector de fascistas apontado em todas as direcções.
Quase dá para rir.
Só não dá para rir porque sou do tempo, em que muitos destes antifascistas instantêneos nem nascidos eram, em que em nome do antifascismo se perseguiram pessoas, destruiram, empresas, separaram famílias e boicotaram violentamente comícios e sessões de esclarecimento de partidos democráticos como o PSD e o CDS, principalmente, mas até do PS em algumas regiõess do país mais a sul.
E eu que nesse tempo, com o entusiasmo da juventude , militava na JSD detestava ver a Jota e o PPD serem acusados de fascistas pelos totalitários de então que se proclamavam donos da democracia e da liberdade mais que não fosse para perseguirem os que não pensavam como eles.
Totalitários que deixaram "descendência" nos antifascistas de agora que não podendo, imagino que com imensa pena, imitarem as práticas violentas dos seus antecessores transpuseram a violência para as palavras, os textos, as redes sociais , os comentadores televisivos, os palhaços sem piada.
E totalitários que espantosamente, ou talvez não, tem a companhia de pessoas pertencentes a esses parrtidos que outrora também foram acusados de fascistas e que viram os seus militantes perseguidos, discriminados, despedidos de empregos e agredidos nos comícios que eram alvo de tentativas de boicote.
Anda por aí, nesses dois partidos mas especialmente no PSD, alguma gente que ou não conhece a História ou já dela se esqueceu ao sabor das novas modas, dos novos interesses ou de oportunismos sem cor nem vergonha.
Eu não esqueci.
E por isso, rejeitando sem qualquer reserva as ideologias fascista e comunista, vivo tranquilo por saber que elas não tem qualquer hipótese de algum dia terem sucesso no meu pais.
Uma porque tem adeptos mas não tem representação organizada nem a Constituição permite que algum dia venha a ter e a outra porque estando presente em partidos tem merecido uma rejeição eleitoral cada vez maior por parte do povo português como ainda as últimas presidenciais bem demonstraram.
Depois Falamos.

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