Quase tão interessante como acompanhar os debates presidenciais é ver os subsequentes comentários nas redes sociais.
Os apoiantes de cada candidato acham que ele ganha sempre mesmo quando notoriamente perde. É compreensível.
Os comentadores de esquerda quando o debate é entre candidatos de esquerda acham que foi equilibrado e sem vencedor mas quando é contra alguém de direita o de esquerda ganha sempre especialmente se for contra André Ventura.
É a velha lógica do PCP que ganhava todas as eleições mesmo quando nelas era sovado de forma evidente.
Mas curiosos mesmo são alguns, não todos, os comentadores de centro direita.
Fofinhos com Marisa Matias, Ana Gomes e João Ferreira, condescendentes com Tiago Mayan e Vitorino Silva não perdem uma oportunidade de se demarcarem do mandato de Marcelo Rebelo de Sousa, mesmo admitindo que nele vão votar, e nem dormem tranquilos se não deixarem claro que não gostam de André Ventura, detestam a sua forma de debater ,não votam no Chega e ,quando muito, nem ele nem o oponente ganharam o debate porque foi tudo horrível.
São uns queridos.
Sempre ansiosos por um atestado de bom comportamento democrático que a esquerda nunca nega aos anjinhos que lhe fazem o jogo.
Por mim não tenho idade nem nunca tive jeito para lirismos e se há graça política que Deus me deu foi a de nunca confundir amigos com inimigos e parceiros com adversários.
Muito menos tácticas com estratégias.
E por isso acho que ou o centro e direita, do PSD ao Chega passando por CDS, Iniciativa Liberal, Aliança e mais alguns pequenos partidos se unem de forma séria para promoveram a mudança ou vamos ter muitos anos de António Costa, Cabrita, Van Dunem, Temido, Pedro Nuno, Galamba e mais alguns como eles.
Para gáudio da esquerda e desespero do centro e da direita que num cenário de não entendimento só se poderão queixar de si próprios.
Porque até para se ser anjinho devia haver um limite temporal e de bom senso.
Depois Falamos.
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