Não escondo que fiquei muito satisfeito com a exibição de Óscar Estupiñan na Luz.
Não só porque fico sempre satisfeito quando vejo um jogador do Vitória fazer uma boa exibição mas também porque tinha a certeza que ele só precisava de uma oportunidade a sério para provar que é o melhor ponta de lança deste plantel e um jogador de excelente potencial que pode dar muito à equipa e ao clube.
Chegou a Guimarães em 2017/2018 com apenas vinte anos e nessa época fez 19 jogos e dez golos pela equipa B e 14 jogos (quase sempre como suplente utilizado) e um golo pea equipa A.
Aos vinte anos e acabado de chegar a outro continente, outro país e outra cultura tem de se considerar como francamente bom!
Na época seguinte fez apenas 8 jogos e dois golos no Vitória porque seria emprestado no mercado de Janeiro ao Barcelona do Equador onde fez 5 golos em 11 jogos.
Já aí estranhei esse empréstimo quando eram dadas oportunidades a pontas de lança tão eficazes como Junior Tallo, Whelton e Xande Silva!
Enfim aqueles negócios misteriosos da SAD desse tempo.
No início da época passada nem oportunidade teve de se mostrar a Ivo Vieira sendo de imediato emprestado ao Denislizpor da Turquia onde pese embora a modéstia da equipa fez 12 golos em 32 jogos oficiais o que é francamente bom.
E chegamos à presente época.
Em que falhadas algumas tentativas de o vender (a fazer fé na imprensa) ficou no clube mas sendo de imediato posto de lado pelo rapaz que começou a época a dirigir a equipa que sem nunca o ter visto jogar, sem o ver treinar, sem atentar nos seus números da época anterior e sem lhe dar uma única oportunidade de se mostrar o dispensou.
Como não conhecia o jogador e se supõe que não seja parvo de todo essa dispensa deve ter a ver com algum espirito santo de orelha como se costuma dizer que o terá aconselhado nesse sentido.
Posto a treinar à parte com outros excedentários Óscar Estupiñan acabou por ser chamado por Bino Maçães para um jogo da equipa B , com o Camacha em finais de Outubro, onde fez um golo e uma exibição agradável.
João Henriques , ao contrário do antecessor, quis aferir das qualidades do jogador e chamou-o ao plantel da primeira equipa com o qual treina há várias semanas e só um problema muscular terá adiado a sua estreia.
Foi ontem.
Face a um dos adversários mais fortes do nosso futebol fez uma boa exibição, marcou um golo (dois jogos esta época e dois golos é uma boa média), deu muito trabalho aos centrais adversários, segurou a bola quando era caso disso, teve movimentações de ponta de lança que mais ninguém tem no actual plantel e ainda ajudou a manobra defensiva.
Para primeiro jogo não se podia exigir-lhe mais!
Óscar Estupiñan tem 23 anos, , é um jogador feito mas que ainda tem boa margem de progressão e que pode dar muito a esta equipa.
Termina contrato no final da presente temporada e do meu ponto de vista o Vitória deve tentar renovar . Se não for possível então que se aproveite o seu talento até final de época porque no plantel é o melhor ponta de lança ao dispor de JH e esse é um sector em que apenas se pode contar com ele e com Bruno Duarte porque Foster e Holm já tiveram suficientes oportunidades para provarem que ainda não estão prontos para este patamar.
Espero que ontem tenha sido o princípio de um percurso diferente de Estupinãn no Vitória.
Com pena, muita pena, de se terem perdido três meses em que ele podia ter sido bem útil à equipa.
E desejando, a bem do Vitória e do jogador, que não existam mais mistérios em volta de Óscar Estupiñan.
Depois Falamos.
Ontem, quando Estupiñan marcou, não pude evitar lembrar-me de imediato do que tem dito deste jogador neste blog. Muito bem observado Sr Luís Cirilo.
ResponderEliminarCaro Miguel Silva:
ResponderEliminarObrigado pelas suas palavras.
De facto reconheço nele um bom ponta de lança, que ainda pode progredir muito,capaz de nos dar muitas alegrias se for devidamente utilizado.
Vi-o jogar muitas vezes pela equipa B (ao contrário do Tiago Mendes que o dispensou sem nunca o ter visto jogar nem lhe dar oportunidade de treinar com a equipa), sei o que vale e apenas tenho pena que gestão da sua carreira no Vitória tenha sido tão mal feita.
Já para não falar dos três meses perdidos esta época em que andou a treinar à parte em vez de jogar e marcar golos. E se há coisa com a qual não contemporizo e perante a qual não me calo são prejuízos infligidos ao Vitória. Por isso insisti tanto em que lhe fosse dada, ao menos, uma oportunidade. E felizmente ele correspondeu.