É o terceiro e último volume de um olhar que José António Saraiva lançou sobre os últimos anos do Antigo regime procurando transmitir uma visão muito própria do que neles terá acontecido e contrariando algumas das versões conhecidas.
No primeiro deles " Salazar a queda de uma cadeira que não existia" o autor procura desmontar a versão oficial quanto ao acidente que levaria à incapacitação de Salazar,e verdadeiramente ao fim do regime, bem como todos os acontecimentos que levariam à nomeação de Marcelo Caetano e à exoneração de Oliveira Salazar.
No segundo " Salazar e Caetano o tempo em que ambos acreditavam chefiar o governo" narra esses tempos surreais em que Salazar vivia na residência oficial em S.Bento acreditando (?) que ainda era primeiro ministro enquanto Marcelo Caetano governava o país a partir do seu gabinete no palácio de S.Bento a poucas dezenas de metros de Salazar.
Nesse autêntico baile de sombras e jogos de poder acerca dos quais nunca se saberá a verdade toda.
Neste terceiro volume " Caetano o drama do político obrigado a ter duas faces" narra-se o final do regime e os delicados equilibrios a que Marcelo Caetano se via obrigado entre os ultras chefiados pelo Presidente da República Américo Thomaz e a ala liberal do Parlamento dirigida por Francisco Sá Carneiro, ads tentativas para acabar com as guerras de África através de negociações secretas levadas a cabo por "marcelistas" fieis e o posterior aparecimento do MFA e os papeis ambiguos de Francisco da Costa Gomes e António de Spinola.
São, como disse atrás, três livros que traduzem a visão pessoal do autor sobre os últimos anos do "Estado Novo" que se leêm com agrado e trazem a público alguns pormenores até então desconhecidos do que então se passou.
Depois Falamos.
Acabei agora a leitura do livro de Filipe Ramiro de Menezes "Salazar" para mim,que gosto muito de história e biografias,a melhor obra sobre o acima citado e o Estado Novo.
ResponderEliminarCumpts.
J.M.
Caro J.M.
ResponderEliminarTem de ler a biografia de Salazar escrita por Franco Nogueira.
São seis volumes magnificamente escritos e que constituem uma verdadeira História do Estado Novo.
O problema é que só pode ser comprada em alfarrabistas porque está esgotada há muitos anos.