Tenho um "velho" e sábio amigo que me costuma dizer que as sondagens são como os cavalos, ou seja, quando "correm" todas para o mesmo lado isso alguma coisa quer dizer.
E é inequívoco que as sondagens que nos últimos meses tem vindo a público traduzem resultados estáveis para a generalidade dos partidos parlamentares com o PS a manter-se numa liderança destacada mas sem chegar à maioria absoluta, o PSD muito longe de ser alternativa, o BE a cavalgar a onda dos populismos vários que acracterizam a sua acção, a CDU a resistir ao seu maior adversário
-o passar do tempo- o CDS a deslizar na tal rampa inclinada que o conduzirá à irrelevância e o PAN a manter as percentagens de Outubro de 2019.
Há, contudo, duas excepções.
A Iniciativa Liberal a subir nas intenções de voto, fruto de uma oposição esforçada no Parlamento complementada com uma comunicação que continua a ser de alto nível, e o Chega a crescer exponencialmente sendo já o terceiro partido nas intenções de voto o que é verdadeiramente significativo.
Significativo de que o partido encontrou um eleitorado que conseguiu captar e significativo de que conseguiu aparecer como a principal referência à direita do PS face ao desinteresse do PSD em fazer oposição e à tal irrelevância para que caminha o CDS.
E se a isso juntarmos o facto de crescimento e galvanização para o partido que será a candidatura presidencial de André Ventura (que seguramente terá um excelente resultado na casa dos dois digítos) face a uma estratégia presidencial desconhecida do CDS e à inevitabilidade de o PSD apoiar Marcelo é evidente que no futuro qualquer alternativa de governo ao PS terá de contar com o Chega.
O que para um partido tão recente é verdadeiramente significativo.
Mas resulta também dos errados caminhos que PSD e CDS resolveram trilhar.
Depois Falamos
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