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segunda-feira, junho 22, 2020

Irresponsáveis

A teimosia do PCP em querer realizar a Festa do Avante custe o que custar, doa a quem doer, é de uma irresponsabilidade criminosa e merece a mais viva censura por todos aqueles que tem do combate à pandemia uma perspectiva e uma actuação compatíveis com a dimensão do problema.
Mas a arrogância do PCP, que também assenta na pusilanimidade do governo , faz com que os comunistas se sintam acima da lei e se achem no direito de fazerem o que muito bem querem e lhes apetece perfeitamente insensíveis aos problemas que a sua irresponsabilidade vai causar.
Já assim foi com a comemoração do Primeiro de Maio, já assim foi com o comício que realizaram no centro de Lisboa.
Mas este braço de ferro (os comunistas sempre tiveram especial apreço por ferro nomeadamente por cortinas...) com o bom senso, com as normas sanitárias, com um combate eficaz à pandemia e com a irreprimível vontade de testarem permanentemente os limites do Estado de direito leva-os a mais esta provocação.
Provocação aos profissionais de saúde que depois de terão de arcar com os tratamentos aos infectados, provocação a todos aqueles que com graves prejuízos financeiros, profissionais e familiares respeitam o confinamento, provocação às empresas que fecharam por causa da pandemia, provocação aqueles que sem qualquer culpa ou responsabilidade podem ficar sujeitos aos resultados desta ignóbil insistência em fazer um certame que tudo desaconselha.
Portugal é hoje o segundo pior país da Europa em termos de novos infectados  e isso por si só já aconselharia um redobrar de prudência.
Mas a realização do PCP é na área de Lisboa onde a pandemia parece fora de controlo e onde se registam mais de 90% dos novos casos registados em todo o país o que agrava significativamente os riscos.
Sabendo-se que a essa "Festa" (estará o país em tempo de festas?) acorrem comunistas, e não só, de todo o país a sua realização será oferecer ao covid-19 portadores que levem o vírus para todo o Portugal com as consequências fáceis de prever.
É um caso típico do "posso, quero e mando" dos partidos defensores de totalitarismos absolutamente incapazes de  perceberem que há valores muito mais altos e muito mais importantes do que as suas desgraçadas, antiquadas e ultrapassadas ideologias que querem impor a todo o preço.
Espero que se o PCP persistir nesta irresponsabilidade criminosa os eleitores o castiguem severamente nas urnas.
Porque as sanções com que António Costa ameaça os promotores de festas, convívios e ajuntamentos não se aplicam, naturalmente, ao PCP que com este governo vive acima da lei e ainda lhe sobra tempo. 
Depois Falamos.

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