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quinta-feira, junho 11, 2020

Desolador

Se jogar num estádio com as bancadas vazias é triste então jogar num relvado sem bancadas é simplesmente desolador e a negação absoluta do que o futebol deve ser.
Como desolador é uma equipa dominar totalmente o jogo, ter 53% de possse de bola, dezoito remates contra apenas seis do adversário, treze cantos a favor e apenas um contra e  com toda essa superioridade não conseguir mais que um empate que prejudica seriamente a sua corrida para as competições europeias d apróxima época.
Perante um Belenenses onde alinharam de início cinco ex vitorianos (Marco Matias, Licá, André Santos, Phete e Gonçalo Silva), com o acrescente de motivação que isso sempre trás, o Vitória dominou por completo a primeira parte e apenas a boa exibição do guardião azul a par da falta de pontaria dos rematadores vitorianos permitiu ir para intervalo com um empate altamente lisonjeiro para os azuis.
Empate em que os dois golos foram marcados por jogadores do Vitória , diga-se de passagem, porque à infelicidade de Sacko a abrir o marcador correspondeu o inevitável João Carlos Teixeira com o golo do empate dez minutos depois.
Nos primeiros minutos da segunda parte o Belenenses ainda tentou equilibrar o jogo, e Douglas foi chamado a duas boas defesas, mas depois o Vitória voltou a ter preponderância e até ao fim foi a única equipa que procurou de forma consistente o triunfo enquanto o Belenenses, como todas as equipas treinadas por Petit, se refugiou na agressividade, no anti jogo e nalguns truques por demais conhecidos.
Aprovada na ultima AG da Liga a regra das cinco substituições ela neste jogo em nada beneficiou os objectivos do Vitória (que fez apenas quatro) porque do meu ponto de vista Ivo Vieira mexeu muito mal na equipa.
Desde logo ao retirar do jogo João Carlos Teixeira e Davidson (os dois melhores marcadores da equipa esta época) perdendo assim capacidade goleadora e  remate de meia distância.
Depois ao lançar Bonatini e Ola John que em nada melhoraram a equipa (Bruno Duarte também fez uma exibição muito apagada manda a verdade que se diga), Rochinha que passou ao lado do jogo nos doze minutos em que actuou e Elias Abouchabaka que dos quatro suplentes utilizados foi aquele que entrou melhor  embora para primeira utilização não fosse legítimo esperar que resolvesse o jogo.
Dos restantes suplentes se é evidente que não seriam Miguel Silva, Vitor Garcia, Suliman e Mikel a melhorarem a capacidade ofensiva ,porque são guarda redes e defesas, fica a dúvida sobre o porquê da não utilização de Poha que, ao menos, daria intensidade e capacidade de luta a uma equipa onde Lucas Evangelista jogou 90 minutos a passo e a "pedir" substituição.
Como fica a incompreensão perante o "desaparecimento" das convocatórias de André Almeida e João Pedro que nem com nove suplentes no banco parece fazerem parte das opções.
Em suma a equipa jogou bem, fez o possível por ganhar, não teve a sorte do jogo nem a ajuda do banco que noutras oportunidades tem tido. 
E assim a Europa fica mais longe. Cada vez mais longe.
O árbitro Iancu Vasilica não teve influência no resultado mas fez um trabalho a puxar para o caseiro contenporizando com os truques do Belenenses e não marcando duas falta a favor do Vitória à entrada da área adversária.
Caso para dizer nunca pior mas de preferência melhor.
Depois Falamos.

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