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domingo, junho 28, 2020

Chega

Sobre a manifestação de ontem do Chega já tinha tido a oportunidade de manifestar a minhas discordância quanto á mesma porque atendendo à gravidade de que se reveste a pandemia na zona de Lisboa, dando a clara sensação de estar incontrolável, teria sido mais prudente ela não se ter realizado nesta altura.
Apenas e só por essa razão.
Não tem, apesar de tudo, o mesmo grau de irresponsabilidade da comemoração do primeiro de Maio pela CGTP porque nessa altura o país estava sob o estado de calamidade (agora parece que levianamente vamos a caminho do estado de alerta...), estavam proíbidas as deslocações entre concelhos, facto que a CGTP olimpicamente ignorou com os tristemente célebres autocarros de Loures, Seixal e outras autarquias do PCP, e eram proibidos agrupamentos de mais de dez pessoas o que manifestamente também não foi respeitado.
E portanto se o Chega perde alguma da razão com que criticou essa celebração da CGTP é igualmente verdade que ninguèm à esquerda tem o mínimo de moral para criticar a manifestação do Chega porque ao contrário do que alguma esquerda gostaria ainda não vivemos numa Venezuela europeia em que há leis para uns terem de respeitar integralmente e leis que outros só respeitam se lhes apetecer.
E geralmente nem respeitam como CGTP, PCP, BE e alguns socialistas com complexos de esquerda tem abundantemente demonstrado.
Dito isto há que dizer que o Chega mostrou coragem ao convocar uma manifestação para o centro de Lisboa e provou, e há que lhe reconhecer isso, que a rua não é nenhum feudo da esquerda nem o centro e a direita tem que ter medo de se manifestarem em defesa daquilo que entendem como correcto.
Alías há o exemplo das últimas europeias em que  ,nos respectivos encerramentos de campanha , não foram só PS e CDU a fazerem a tradicional descida do Chiado porque também a Aliança o fez, e com número muito significativo de participantes, demonstrando que não há que temer o teste da rua quando ele é importante ser feito.
Uma nota final sobre esta manifestação do Chega para repudiar, claramente e sem meias palavras, a associação que ,com base em fotografias que nada provam, gente intelectualmente desonesta e imprensa vendida ao poder dos 15 ME quiseram fazer de André Ventura com simbologias e gestos nazis.
Não sou, nem serei, militante do Chega, não sou nem serei seu eleitor mas como cidadão estou farto destas mistificações da realidade que impunemente se fazem neste país e mais farto ainda de uma esquerda que acha que vale tudo, mesmo a infâmia, para atacar os seus adversários.
Depois Falamos.

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