PDFs

Eu próprio já tinha reparado no número invulgar de PDFs de jornais e revistas que tenho recebido nas últimas semanas por WhatsApp e por Messenger nos quais estão não apenas publicações nacionais como também europeias e norte americanas.

E embora seja um apreciador do "papel" naturalmente que aprecio esse volume e variedade informativa que me chega via net muito em especial quando o confinamento a que todos estamos sujeitos não me deixa nenhum quiosque por perto.

Por este dias os directores de jornais e revistas fizeram um inédito comunicado conjunto condenando essa proliferação de PDFs, pelo prejuízo que causa aos seus orgãos de comunicação, e pedindo aos leitores que comprem jornais ou assinem as versões on line.

Ou seja pedindo que paguem pelo que actualmente tem gratuito.

Imagino que não tenham grande sucesso nesse apelo.

Porque uma das razões para as pessoas deixarem de comprar jornais, mesmo antes destes PDFs, tem a ver com a qualidade (ou falta dela) com que se faz jornalismo em Portugal e que leva os cidadãos a desconfiarem cada vez mais das notícias que lhes são postas à frente do nariz.

Em questões de rigor, de isenção, de imparcialidade e de independência!

Então no caso da imprensa desportiva é melhor nem falar.

Pelo que me parece que esses directores de jornais e revistas se deviam preocupar em primeirissímo lugar com o produto que põe ao dispor dos cada vez menos leitores em vez de encontrarem nos PDFs um álibi simplista para a quebra de vendas.

Depois Falamos