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sexta-feira, março 13, 2020

Dúvidas

São questões menores, sem qualquer dúvida, face à dimensão global do problema do covid-19 mas não há como esconder que o futebol atravessa aqueles que são provavelmente os tempos mais difíceis da sua mais que centenária história.
Centremo-nos na Europa, com a devida licença da América do Sul, onde se disputam alguns dos mais importantes campeonatos a nível mundial e cuja Associação (UEFA) organiza a mais importante competição de clubes de todo o mundo, como é o caso da Liga dos Campeões, bem como a mais importante prova de selecções a seguir ao campeonato do mundo.
E a realidade mostra um futebol a parar por todo o lado. 
Países há que já anunciaram a suspensão dos campeonatos por tempo indeterminado, como são os casos de Portugal, Espanha, Itália, Alemanha. França e Inglaterra, enquanto outros menos relevantes ou também já o fizeram ou acabarão por o fazer por força das circunstâncias.
Simultâneamente também a UEFA suspendeu a Liga dos Campeões e a Liga Europa, igualmente por tempo indeterminado, ficando todos esses países e a UEFA na expectativa da evolução da pandemia para no início de Abril decidirem o que fazer.
Por tabela, como não podia deixar de ser, também a realização do próximo Europeu de selecções fica posto em causa (e logo um Europeu a disputar em doze cidades de doze países com tudo que isso implica na movimentação de adeptos) sendo cada vez mais as vozes que aparecem a defender o seu adiamento para 2021.
Acontece que em 2021 se realiza o primeiro mundial de clubes sob a égide da FIFA,com 24 participantes, bem como a Liga das Nações em termos de selecções o que acarreta uma evidente indisponibilidade em termo de datas.
Problemas complexos.
Que ainda poderão ser agravados (é verdade, isto ainda pode piorar) se a pandemia não for contida e em Abril as federações nacionais chegarem à conclusão que não há condições para reatarem os campeonatos com tudo que isso implica  em termos  de definir campeões, apuramentos europeus, descidas de divisão e por aí fora.
Já para nem falar nos problemas económicos que inevitavelmente terão violenta repercussão no futebol e farão perigar, ninguém o duvide,a sustentabilidade de clubes mais frágeis nessa matéria e portanto menos resistentes ao choque que todos sofrerão.
Nuvens negras sobre o mundo do futebol a que este terá de saber fazer frente.
Para já, e na impossibilidade de fazer qualquer outra coisa, há que aguardar sempre com a esperança de que as coisas se resolvam da melhor forma.
Depois Falamos.

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