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sexta-feira, janeiro 24, 2020

Quem?

O CDS decide este fim de semana a questão em aberto da sua liderança e escolhe a personalidade que vai suceder a Assunção Cristas na liderança do partido num altura em que este se vê mergulhado numa crise política que arrastou a inevitável crise financeira.
Com um péssimo resultado na legislativas, que dizimou numericamente o grupo parlamentar com consequente significativa quebra na subvenção estatal, o partido regressou de forma brutal a tempos que já não supunha possíveis e volta a ter um grupo parlamentar que cabe num táxi desde que um dos deputados faça de condutor.
Num tempo em que no PSD também não há nenhuma razão para com resultados eleitorais, e pese embora o aparecimento do Chega e da Iniciativa Liberal (dois deputados no total) , a verdade é que o CDS não só não capitalizou com o mau resultado dos social democratas como ainda se "descapitalizou" s si próprio ajudando a construir o retrato de uma área não socialista em crise política profunda.
Depois de lideranças de sucesso como as de Freitas do Amaral (a  primeira) e de Paulo Portas (as duas), de relativo sucesso como a de Lucas Pires e a de Manuel Monteiro e de completo insucesso como as de Adriano Moreira, José Ribeiro e Castro e Assunção Cristas o partido vai agora escolher o seu oitavo líder entre os cinco candidatos que se apresentam ao Congresso.
João Almeida, Filipe Lobo de Ávila, Francisco Rodrigues dos Santos, Abel Matos Santos e Carlos Meira são eles os candidatos e será um deles o novo líder.
Os dois primeiros tiveram já passagem pelo governo de Pedro Passos Coelho, o terceiro é o líder da Juventude Popular e os restantes dois já passaram por estruturas do partido a nível concelhio ,distrital e nacional.
João Almeida será o mais conhecido dos cinco, também por força de ter sido presidente do Belenenses durante algum tempo, mas de forma geral não se pode dizer que sejam senhores de um mediatismo razoavelmente grande.
E por isso mais do que saber quem será o próximo líder a grande questão para o CDS (entre outras menores mas também importantes como a financeira) será o tempo que a generalidade dos portugueses vai levar a  deixar de responder com um " quem ?" quando lhe falarem da nova liderança do partido.
É certo que este ano, sem eleições, e o próximo com as autárquicas em Outubro será um espaço de tempo propício à consolidação de uma liderança e a tornar o novo líder uma figura minimamente mediática.
Mas que o CDS, e o novo líder, terão um duro trabalho pela frente creio que isso ninguém põe em dúvida.
Depois Falamos.

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